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Saúde

Garota de 13 anos realiza parto de risco após negligência médica em SP

“E se eu tivesse perdido minha filha?”, diz a mãe da menina que chegou a ir para a UTI

Isabelly de Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 26/05/2022, às 15h55

Grávida de 37 semanas, uma adolescente de 13 anos teve atendimento negado pelos funcionários do Hospital Dr. Adhemar de Barros, na cidade de Apiaí, interior de São Paulo. A família denuncia humilhação durante todo o processo de triagem na unidade de saúde, além de receberem recomendações para não voltar mais no local.

A jovem, que tinha medo da reação dos parentes, não contou para ninguém sobre a gravidez, e conseguiu esconder a informação durante todos os 9 meses de gestação. Porém, após passar mal, ela precisou de atendimento médico após acordar vomitando, no dia 9 de maio. Depois de algumas suspeitas, a mãe foi com a filha até um laboratório para a realização do exame de sangue, que comprovaria as desconfianças.

Depois de 1h30, enquanto ainda aguardavam o resultado em casa, a jovem começou a ter convulsões e precisou voltar ao hospital, sendo levada para a sala de emergência. Foi necessário fazer uma cesariana de emergência e a menina ficou cinco dias internada da UTI, de acordo com a família.

Descaso com a jovem

A família relatou diversas passagens em que os funcionários do hospital maltrataram a jovem, com perguntas invasivas, falta de educação e até mesmo indicações de outros lugares para buscar atendimento, mesmo que o teste de gravidez desse positivo.

Em entrevista ao G1, a mãe conta que na unidade de saúde, uma enfermeira teria afirmado que o local "não é um posto de saúde, não é lugar para fazer pré-natal". Ela ainda desabafa sobre a situação: “eu implorando, pedindo para ela [a enfermeira] deixar minha filha passar no médico. Ela não ouviu o clamor de uma mãe. Se a gente vai ao hospital, vai para buscar ajuda, a gente não vai por brincadeira”.

O irmão também explicou que a enfermeira sugeriu que a jovem fizesse um teste de farmácia, que seria uma opção mais barata e eficaz na situação. “Minha mãe pediu ajuda e se propôs até a pagar a consulta se fosse possível, mas a enfermeira começou a fazer perguntas e deixou minha irmã constrangida e envergonhada”, relata o rapaz.

Desfecho da história

Após alguns dias de internação, a jovem e o bebê recém-nascido receberam alta médica e passam bem. Após o ocorrido e a liberação de ambos, a família conta estar revoltada, pois mesmo depois de o boletim policial ter sido feito, a enfermeira continua trabalhando na unidade.

A mãe, apesar de aliviada, diz estar indignada com a situação, já que sua filha foi entubada devido a negligência da funcionária. O irmão ainda acrescenta que “Foi feito o boletim, mas não sabemos se vai dar em alguma coisa. Estamos tentando, pois não queremos que isso aconteça com mais ninguém, pois uma vida não é brincadeira”. A Prefeitura de Apiaí ainda não publicou nenhuma nota sobre o caso.

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