Lennon autografando álbum para seu assassino em montagem com imagem do autógrafo - Divulgação / Goldin Auctions
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O álbum autografado por John Lennon para o próprio assassino

Antes de morrer, o ex-beatle chegou a dar atenção ao fã que, pouco depois, o matou com quatro tiros

Wallacy Ferrari Publicado em 12/06/2022, às 06h00

Em 8 de dezembro de 1980, John Lennon retornava a seu apartamento em Nova York, nos Estados Unidos, e era abordado por Mark Chapman. Aos gritos, o suposto fã chamou a atenção do ex-Beatle, que estava acompanhado da esposa Yoko Ono, e ao interromper sua entrada no prédio para atendê-lo, foi surpreendido por quatro disparos de arma de fogo.

Mark atirou contra o cantor, que recebeu três dos tiros, um deles rompendo uma artéria e causando uma hemorragia fatal, aos 40 anos de idade. O caso, que já era chocante o suficiente pela fatalidade contra um ídolo da música internacional, chamou ainda mais atenção da imprensa local ao descobrir o que Chapman tinha feito horas antes de assassinar o músico.

Quando Lennon estava saindo do apartamento, um grupo de fãs o aguardava na calçada, incluindo o atirador, que em primeiro momento, solicitou que o artista autografasse sua cópia do disco ‘Double Fantasy’, que havia sido lançado no mês anterior. O registro, capturado em fotografia, marcou a história ao enquadrar John e Mark no mesmo registro.

Autografo dado por Lennon ao disco de Chapman horas antes do assassinato / Crédito: Divulgação / Goldin Auctions

 

O disco acabou sendo o último lançado pelo cantor, e Chapman, na época com 25 anos, era imobilizado pelo porteiro do prédio, sendo posteriormente detido e condenado à prisão perpétua. A cópia autografada, no entanto, ficou como um dos únicos registros físicos do trágico episódio, ganhando valor ao longo dos anos.

Objeto desejado

O item fez parte do espólio do criminoso até a década de 1990, quando foi direcionada a um leilão histórico em 1999, que cujo arremate final alcançou US$ 150 mil na época. Contudo, o valor mais que quintuplicou 11 anos depois, quando o primeiro dono decidiu colocar o item a venda no aniversário de 30 anos do trágico episódio.

Na segunda ocasião de venda, em 2020, atingiu US$ 800 mil, como informou o jornal Folha de S. Paulo. Contudo, a raridade continuou atraindo propostas de entusiastas de crimes americanos e fãs do cantor, fazendo com que o segundo comprador, que não teve sua identidade revelada, entrasse em contato com a casa de leilões Goldin Auctions para realizar uma terceira operação de venda no ano de 2020, quando a morte completava 40 anos.

Na ocasião, a expectativa de venda atingiu US$ 2 milhões, mas não foi concluída em meio a uma crise sanitária mundial ocasionada pela pandemia da covid-19, em seu auge em novembro daquele ano. Contudo, já havia recebido propostas com lances partindo de US$ 400 mil (cerca de R$ 2,1 milhões na cotação da época).

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