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Matérias / Música

Há 40 anos, John Lennon era assassinado por um 'fã'

Na porta do edifício onde o ex-Beatle morava, o disparo que rompeu sua artéria marcou o fim de uma geração do rock britânico

Wallacy Ferrari Publicado em 08/12/2020, às 11h25

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John Lennon autografando disco para Mark Chapman, seu assassino - Divulgação
John Lennon autografando disco para Mark Chapman, seu assassino - Divulgação

Na noite de 8 de dezembro de 1980, um episódio trágico foi capaz de mudar a história da música mundial, iniciando um ciclo de encerramento de uma das maiores bandas de todos os tempos; o ex-BeatleJohn Lennonera abordado por Mark Chapman, um 'fã' incondicional do músico, para autografar seu disco ‘Double Fantasy’, lançado no mês anterior.

O autógrafo, dado na saída do apartamento do cantor, foi acompanhado por diversos outros fãs que o aguardavam a saída do astro. No retorno ao apartamento, entretanto, John se encontrou novamente com Chapman — desta vez, pela última vez.

O fanático gritou em direção do cantor, de maneira que chamasse sua atenção, e efetuou 4 disparos, com Lennon sendo atingido por três projéteis.

O rapaz ainda errou um tiro, acertando na janela do edifício Dakota, antes de ser desarmado pelo porteiro. De acordo com a investigação, as balas usadas contra John eram de ponta oca, ou seja, que se expandem quando atingem um tecido, de maneira que causassem ainda mais dano do que uma bala comum, matando o cantor aos 40 anos de idade.

Autografo dado por Lennon ao disco de Chapman horas antes do assassinato / Crédito: Divulgação

Fanatismo

Apesar do impulso imediato, o crime foi planejado por meses, tendo como estopim da motivação a afirmação que Lennon deu anos antes, afirmando que os Beatles “eram mais populares que Jesus”, considerado uma blasfêmia por Chapman. O fã também condenava a propagação da imaterialidade e paz quando o astro enriquecia em milhões de dólares com grandes patrimônios.

Na época com 25 anos de idade, Chapman realizou diversas audiências após o crime, contradizendo os vários depoimentos com argumentações sobre crenças religiosas, notoriedade com a cobertura do crime e, até mesmo, argumentando loucura.

Por fim, foi condenado à prisão perpétua no ano seguinte, tendo o pedido de liberdade condicional negado por mais de dez vezes desde o ano de 2000.

O álbum autografado por Lennon acabou sendo vendido em junho de 2017 pela Moments in Time, uma empresa especializada em itens históricos, pelo valor de US$ 1,5 milhão (aproximadamente R$ 7,6 milhões) para um fã não revelado.

A peça havia sido obtida pela loja em 1999 por um fã que teve acesso ao processo, acompanhando boletins policiais e uma carta do promotor público junto ao encarte, como noticia o Daily News.

Fotografia carcerária tirada em 1998 com Mark Chapman na cadeia / Crédito: Divulgação

Após morte

O dia seguinte ao óbito do músico foi marcado pelo não-acesso público; Yoko lançou um comunicado destinado à imprensa, afirmando que "não haverá funeral para John" e acrescentando que ele amava e orava pela raça humana: "Por favor, faça o mesmo por ele", concluiu a nota. O corpo do astro foi cremado, tendo as cinzas dadas para a viúva, que ficou responsável por espalhar no Central Park, em Nova York.

Em 2006, Yoko Ono afirmou que, 26 anos após a tragédia, ainda não tinha a capacidade de perdoar o assassino, conforme documentou o portal G1.

"Como viúva de alguém que foi morto por um ato de violência, não sei se estou pronta para perdoar àquele que puxou o gatilho. [...] Tenho certeza que todas as vítimas de crimes violentos sentem-se como eu. Mas superação é o que o mundo urgentemente precisa agora".

Em audiência ocorrida em setembro de 2020, Chapman manifestou arrependimento pelo ato: "Eu sabia que era errado e fiz isso pela glória. Uma palavra, apenas glória. É isso. Ele era famoso, extremamente famoso. Por isso estava no topo da lista. Quero acrescentar e enfatizar que foi um ato extremamente egoísta. Sinto muito pela dor que causei a ela (Yoko), eu penso nisso o tempo todo".


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