O “Idílio”, de 1929, tem possibilidade de se tornar a quinta obra de Tarsila a fazer parte do acervo de um museu de fora do país
Fabio Previdelli Publicado em 29/10/2020, às 11h14
Na próxima edição da TEFAF, tradicional feira de arte de Nova York, que esse ano será realizada virtualmente entre os dias 1 e 4 de novembro, a obra Idílio (1929), de Tarsila do Amaral, será colocada à venda pelo valor de 7 milhões de dólares — algo na casa dos 40 milhões de reais.
O evento, que reúne algumas das galerias de arte mais conceituadas no mundo, contará com a participação da instituição paulistana Bergamin & Gomide, que exibirá a obra de Tarsila. A peça pertence a um colecionador brasileiro e será negociada junto a outras 300 artes que participam da feira.
Em “Idílio”, Tarsila do Amaral representa um casal abraçado, de costas, observando o horizonte em meio a uma paisagem de lagos, plantas e morros. A pintura remete ao período em que Amaral acabara de retornar de uma temporada em Paris, mas que acaba rejeitando o que aprendeu no Velho Continente para representar o modo de viver do brasileiro de uma forma mais intensa. O quadro é marcado por suas cores vibrantes e suas formas arredondadas.
Acredita-se que a obra possa ser ofertada por um grande museu, afinal, existem poucas obras de Tarsila expostas ao redor do mundo. Entre elas, estão: o Abaporu, no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires; A Lua, no MoMA, Museu de Arte Moderna de Nova York; Pescador, no Museu Hermitage, na Rússia; e A Cuca, Museu de Grenoble, na França.
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