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Notícias / Arte

Pintura do século 19 é vandalizada por ativistas do movimento MeToo

Famosa artista francesa disse ter organizado ação de ataque a obras renomadas; ao todo, duas pessoas foram presas após pichações

Fotografia de emblemática pintura do século 19 vandalizada - Reprodução/X/@Pauline06272023
Fotografia de emblemática pintura do século 19 vandalizada - Reprodução/X/@Pauline06272023

Recentemente, duas mulheres foram presas no Centro Pompidou-Metz, um museu de arte localizado na cidade de Metz, na França, após terem vandalizado uma famosa pintura do século 19, além de outras obras, com as palavras "MeToo". O ato foi orquestrado por uma artista performática francesa, como parte de uma manifestação de um movimento que denuncia a violência sexual e de gênero.

Pintado em 1866 por Gustave Courbet, 'A Origem do Mundo' foi o alvo mais notório do ataque; mas felizmente estava protegido por uma vidraça. A obra, originalmente parte do acervo do Museu d'Orsay de Paris, foi emprestada ao Centro Pompidou-Metz para uma exposição centrada no psicanalista francês Jacques Lacan, que já foi seu dono.

Envolvidas no ataque, duas mulheres foram presas depois de picharem cinco obras ao todo, contando com o nu de Courbet, que retrata a vulva de uma mulher. Ainda se acredita que uma terceira pessoa tenha roubado outra obra de arte, mas esta não foi detida.

Logo após a ação, quem reivindicou responsabilidade pelo ato foi a artista performática franco-luxemburguesa Deborah de Robertis, como parte da performance 'Você não separa a mulher do artista'. Conforme ela explica à AFP, ela queria "desafiar a história da arte", marcando o termo "MeToo" na obra porque "as mulheres são a origem do mundo".

+ Mona Lisa: Ativistas atiram sopa na obra de Leonardo da Vinci

Além disso, Deborah de Robertis também denunciou em carta aberta o comportamento de seis homens relevantes no mundo da arte, chamando-os de "predadores" e "censores", conforme repercute o The Guardian. Por isso, chamou suas ações de "performance feminista", e ainda acrescentou que tinha mais um alvo, uma obra do artista austríaco Valie Export.

Críticas

Após o ocorrido, uma série de autoridades criticaram as ações de de Robertis. Entre elas, quem se pronunciou foi Rachida Dati, ministra da Cultura da França, que escreveu em publicação no seu perfil do X:

Para os 'ativistas' que pensam que a arte não é poderosa o suficiente para transmitir uma mensagem por si só... Uma obra de arte não é um cartaz para colorir a mensagem do dia".

Além dela, o prefeito de Metz, François Grosdidier, condenou a performance, descrevendo-a como "um novo ataque à cultura, desta vez por feministas fanáticas".

Vale mencionar que Deborah de Robertis já havia se envolvido em polêmicas anteriormente, como quando em 2020 ela foi condenada a pagar uma multa de 2000 euros por, em 2018, aparecer nua em frente a uma caverna em Lourdes, um famoso e importante local de peregrinação católica, por onde passam pessoas que acreditam que a Virgem Maria tenha passado por lá.

Antes disso, em 2017, ela também teve um processo arquivado após ter mostrado a vulva em frente à Mona Lisa, de da Vinci, no Museu do Louvre.