Trata-se de uma observação inédita de empatia e comportamentos pró-sociais do animal
Wallacy Ferrari Publicado em 10/02/2022, às 14h22
Um grupo de pesquisadores notou um curioso comportamento de empatia por parte de um grupo de chimpanzés em Loango, no oeste do Gabão; pela primeira vez, eles foram observados colocando insetos em feridas entre eles, como uma forma de proporcionar cura aos companheiros.
Os voluntários do projeto Chimpanzé Ozouga estudam o mesmo grupo de animais há sete anos. Em dezembro de 2019, Alessandra Mascaro, uma das participantes da pesquisa, observou que Suzee, uma chimpanzé adulta, inspecionou uma ferida no pé de seu filho adolescente e, logo em seguida, pegou um inseto do ar e o colocou no machucado.
Tal comportamento de automedicação já pôde ser observado em grupos de outros animais, como elefantes e abelhas. Entretanto, no caso dos chimpanzés, o interessante é que os animais não se preocupam somente com as próprias feridas, e sim as do próximo, caracterizando um comportamento pró-social inédito no mundo animal.
“Isso é, para mim, de tirar o fôlego, porque muitas pessoas duvidam das habilidades pró-sociais em outros animais. De repente, temos uma espécie em que realmente vemos indivíduos cuidando uns dos outros", argumenta Simone Pika, bióloga cognitiva da Universidade de Osnabrück, na Alemanha.
Existem estudos que comprovam a função antibiótica, antiviral e anti-helmíntica e até propriedades calmantes capazes de aliviar a dor de alguns insetos. Entretanto, pesquisadores do Ozouga não descobriram ainda quais são os insetos utilizados por esses animais para curar as feridas, tal qual suas propriedades medicinais.
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