Fim das políticas de ação afirmativa foi anunciado na última quinta-feira, 29
Giovanna Gomes Publicado em 30/06/2023, às 07h56
Na manhã desta quinta-feira, 29, a Suprema Corte dos Estados Unidos anunciou o fim das políticas de ação afirmativa que consideravam a raça como critério de admissão nas universidades do país. As cotas raciais, estabelecidas pela decisão no caso Grutter v. Bollinger em 2003, foram revogadas.
De acordo com um relatório do Departamento de Educação Americano de 2016, após 13 anos da implementação do sistema de cotas, a diversidade nas instituições de ensino superior aumentou em 57%.
Segundo informações da agência de notícias RFI, a decisão de derrubar as cotas raciais nas universidades americanas foi tomada após uma votação na Suprema Corte, com seis votos a favor e três contrários.
O juiz John Roberts, presidente da corte, resumiu a decisão afirmando que "a cor da pele de uma pessoa não pode desempenhar um papel na avaliação individualizada de uma pessoa para um ambiente de aprendizagem diversificado".
Os juízes de orientação conservadora que votaram contra a ação afirmativa argumentaram que ela interpretava a Constituição de maneira indefensável e não estava fundamentada na lei, indo contra a garantia de igualdade de proteção da Décima Quarta Emenda.
A juíza Sonia Sotomayor, um dos votos contrários à decisão, justificou sua discordância argumentando que essa é uma medida que aprofunda ainda mais a desigualdade racial na educação.
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