Conclusão vêm da análise de textos de uma região remota de Judá, que revelaram diversos autores
Ingredi Brunato Publicado em 10/09/2020, às 15h21
Nessa quarta, 9, foi publicada na revista científica PLOS ONE uma pesquisa confirmando que a alfabetização era mais disseminada entre os habitantes do reino de Judá do que imaginado anteriormente. Até então, acreditava-se que o domínio da escrita era exclusivo aos escribas reais.
Os pesquisadores da Universidade de Tel Aviv (TAU) analisaram 18 textos de datados de 600 antes de Cristo, que eram pertencentes a uma pequena região na fronteira de Judá, chamada Tel Arad. Fazendo uso de tecnologias de processamento de imagem e um examinador profissional de caligrafia, eles puderam concluir que haviam pelo menos 12 autores.
Segundo os especialistas, a discussão sobre a alfabetização no reino de Judá, até então, era baseada na própria Bíblia. Como consequência, eles decidiram mudar esse debate para o campo empírico.
A interpretação consolidada era que os textos bíblicos, que eram mensagens de função ideológica em sua época, eram lidas para o público analfabeto durante eventos. Os achados dos cientistas criam uma narrativa diferente.
"Considerando que a população de Judá se estimava em não mais que 120.000 pessoas, e um lugar remoto como Tel Arad teve em um curto período de tempo pelo menos 12 autores, isso significa que a alfabetização não era exclusividade de um punhado de escribas reais em Jerusalém", explicou Israel Finkelstein, um professor envolvido no estudo.
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