Equipamento na Estação Espacial Internacional (ISS) foi controlado por cirurgiões na Terra e pode definir novos rumos para a exploração espacial
Éric Moreira Publicado em 15/02/2024, às 08h16
No último sábado, 10, um novo passo que pode ditar rumos no que se refere à exploração espacial foi dado pela humanidade. Isso porque, pela primeira vez, cirurgiões da Terra controlaram um pequeno robô a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), realizando assim a primeira "cirurgia" remota fora do nosso planeta — embora, até o momento, a prática só tenha sido feita em tecidos de borracha.
Descrito como um "enorme sucesso" pela equipe envolvida, o experimento marca um novo passo no que se refere ao desenvolvimento da cirurgia espacial. Com isso, emergências podem ser tratadas com melhor eficiência no futuro, além de possibilitar que a exploração espacial redefina seus limites.
Conforme informado pela Folha de S. Paulo, o robô foi desenvolvido em parceria entre a Virtual Incision, uma fabricante de equipamentos médicos norte-americana, com a Universidade de Nebraska. O invento revolucionário foi chamado de spaceMIRA, e foi lançado rumo à ISS em janeiro, a bordo de um foguete da SpaceX, empresa espacial de Elon Musk.
Conforme divulgado em comunicado, o experimento ocorrido no último sábado foi dirigido da sede da Virtual Incision, localizada em Lincoln, Nebraska, e durou cerca de duas horas. Ao todo, seis cirurgiões se revezaram na operação. "O experimento testou técnicas cirúrgicas padrão como raspar, manipular e cortar tecido. O tecido simulado era feito de faixas de borracha", descreve a empresa.
Northrop Grumman’s Cygnus spacecraft launched on SpaceX’s Falcon 9 rocket on January 30th and arrived at the ISS on February 1st. Among the cargo and experiments delivered to the ISS, Cygnus brought aboard a robotic surgery device called MIRA, short for “Mini Robotic Assisted… pic.twitter.com/gr5IxfD64m
— Gravitics (@GraviticsInc) February 3, 2024
Em vídeo, é possível observar um braço mecânico equipado com piças segurando faixas de borracha e esticando-as, enquanto um outro braço com tesouras corta, em uma simulação de dissecação. Apesar do sucesso do experimento, ele continua imperfeito, devido a um atraso temporal de cerca de 0,85 segundo entre o centro de controle da Terra e a ISS. Ainda assim, a empresa espera que o teste "mude o futuro da cirurgia", trazendo novas possibilidades até mesmo dentro da própria Terra.
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