O documento original do testamento de Dom Pedro I , localizado em Portugal - Divulgação/Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Testamento

Os trechos do testamento de Dom Pedro I

O STF divulgou que, no mês de agosto, o testamento do imperador foi um dos documentos mais buscados no site para leitura

Redação Publicado em 10/09/2022, às 09h33 - Atualizado às 09h55

Nesta quarta-feira, 7, o Brasil comemorou a marca de 200 anos de independência, uma conquista que foi graças ao imperador da época, Dom Pedro I. O Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Portugal, guarda o testamento realizado pelo imperador, um fato curioso, é que a versão datilografada dele está disponível para leitura na Biblioteca Digital do Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme informações do portal de notícias 'Hoje em dia', o documento mais buscado na biblioteca digital do STF no mês de passado foi justamente o testamento do imperador, que se chama "Testamento de sua Magestade Imperial D. Pedro, Duque de Bragança", alcançando cerca de 753 visualizações.

No documento, o primeiro imperador do Brasil escolheu sua segunda esposa, Amélia de Leuchtenberg, como testamenteira. Além da função conquistada, ela também ficou com todos os bens móveis que não estavam no nome do seu filho, Dom Perdro II, ou às filhas do imperador.

Um fato interessante, é que nessa época existia uma "terça parte" da herança. Essa terceira parte foi destinada aos filhos Dom Pedro II, a duque de Goiás, Isabel Maria de Alcântra e para Rodrigo Delphim Pereira, cunhado da marquesa de Santos.

O STF informou que o repentino aumento nas buscas pelo testamento escrito por Dom Pedro I, aconteceu devido à chegada do coração do imperador ao Brasil, para celebrar a o bicentenário da Independência.

Testamento

Em uma das partes do testamento de Dom Pedro I, ele declara "ser minha livre vontade" que a "Sra. D. Amelia Augusta Eugenia de Leuchtenberg Duqueza de Bragança, minha muito amada e prezada mulher" se torne a "tutora e Curadora" da filha dele, D. Maria II Rainha de Portugal e dos Algarves.

No segundo artigo da sua declaração, com medo de que acontecesse algo que acabasse afastando o seu filho e filhas do império, ele nomeou como tutor deles, José Bonifacio de Andrada e Silva, e também anunciou que "faço a Sua Magestade Imperial a Senhora D. Amelia Augusta Eugenia de Leuchtenberg, Duqueza de Bragança... Até a menoridade de meu muito amado e prezado Filho o Senhor D. Pedro II"

Na terceira parte ele elegeu como testamenteira a "S.M.I. a Sra.D.A.A.E. de L. Duqueza de Bragança minha muito amada e prezada esposa."

Para finalizar um dos trechos do testamento do imperador, no quarto artigo, ele informa que passa todos os bens dele que não pertencem ao filho dele, Dom Pedro I, para "S.M.L a Sra.D.A.A.E. de L.D. de B. minha adorada esposa". Além disso, ele também dividiu a terceira parte da herança, deixando metade dela para "minha querida filha, a Sra. D. Isabel Maria de Alcantara, Brasileira, Duqueza de Goyaz" e dividindo o resto dela em partes iguais para "Rodrigo Delphim Pereira, outra para D. Pedro de Alcantara, Brasileiro, e a outra para S.M.I. a Sra. D.A.A.E. de L."


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