As ilhas chinesas são majoritariamente contra Pequim, e passaram a ter essa dinâmica depois de decretada a Lei de Segurança Nacional pela China
André Nogueira Publicado em 01/07/2020, às 08h00 - Atualizado às 08h26
A ilha de Taiwan, que até hoje disputa autonomia com a China, criou um escritório dedicado a ajudar dissidentes de Hong Kong que queiram deixar a ilha após a aprovação da nova Lei de Segurança Nacional, que ressignifica a independência jurídica e política da cidade em relação ao país. O local foi anunciado pelo ministro Chen Ming-tong e nomeado Escritório de Serviços e Câmbio de Taiwan-Hong Kong, em Taipei.
Hong Kong é palco de disputas desde o ano passado, quando foram iniciados protestos contra Pequim e a favor de interferências estrangeiras na ilha, o que resultou na declaração da Lei de Segurança, aprovada por unanimidade, no aniversário do retorno da ilha à China após anos de dominação colonial britânica.
A fuga de militantes anti-Pequim para Taiwan já vem acontecendo e cerca de 200 pessoas já saíram de Hong Kong para a outra ilha, alvos das novas indicações do Exército Chinês contra o que está sendo declarado subversão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras. Os protestos declarados pró-democracia foram marcados por bandeiras e chamados de nações ocidentais, em especial Reino Unido e EUA.
O ministro Chen declarou o projeto de escritório em Taiwan como "um marco importante para o governo apoiar ainda mais a democracia e a liberdade em Hong Kong". "Também damos boas-vindas às empresas multinacionais para mudar sua sede para cá", acrescentou.
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