Registro de ciclone no hemisfério norte de Júpiter pela JunoCam em julho de 2018. Mais detalhes no fim do texto. - Divulgação/Nasa
Astronomia

Tempestades furiosas e granizo de amônia: o clima de Júpiter segundo novo estudo

Pesquisa busca entender a atmosfera caótica do planeta gasoso

Ingredi Brunato Publicado em 05/08/2020, às 15h32

Em um estudo liderado pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS), pesquisadores elaboraram uma teoria a respeito do funcionamento da atmosfera de Júpiter, onde a amônia desempenha um papel central. Para a realização do trabalho, foram usadas informações retiradas da sonda espacial Juno, pertencente à Nasa e atualmente em missão para Júpiter. 

O que já se sabia sobre o planeta era que suas tempestades violentas são responsáveis por carregar a água na forma de cristais de gelo. Essa água congelada fica na parte inferior da atmosfera, a cerca de 50 quilômetros abaixo das nuvens, e o que a força das tempestades faz é levá-la para cima. 

A novidade sugerida pelos cientistas é que esses cristais, ao entrarem em contato com os gases de amônia presentes na atmosfera superior de Júpiter, passam por uma reação de resultados curiosos. O que sairia disso, segundo a teoria proposta, seria uma espécie de granizo que misturaria água no estado líquido e amônia. 

Dessa forma, na meteorologia do planeta gasoso, água e amônia teriam uma relação de interdependência. “Prevemos que em regiões onde a amônia está esgotada, a água também deve ser esgotada em grandes profundidades”, escrevem os pesquisadores no segundo de três artigos publicados nas revistas Nature e JGR Planets.

Sobre a imagem 

O registro cobre uma área de 3200 x 3800 quilômetros, no qual podem ser observadas nuvens brancas de amônia girando no sentido anti-horário. Através da análise de suas sombras, calcula-se que possuem diferenças de até 15 quilômetros de altura entre si, especialmente na parte central do ciclone. 

Nasa Júpiter notícia astronomia Juno amônia

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