Foto do policial Derek Chauvin - Divulgação
Estados Unidos

Tenente diz que abordagem usada contra George Floyd é uma manobra não autorizada

"Dizemos aos policiais para ficarem longe do pescoço”, disse o tenente Johnny Mercil

Fabio Previdelli Publicado em 07/04/2021, às 11h52

O julgamento do policial Derek Chauvin, acusado de matar George Floyd por asfixia após ficar ajoelhado por cerca de 8 minutos sobre seu pescoço, segue ganhando novos capítulos nos Estados Unidos. 

Desta vez, como mostra a AFP, o tenente Johnny Mercil, coordenador do uso da força policial, foi chamado para depor no tribunal. Em seu depoimento, ele disse que a manobra usada contra Floyd não era autorizada.  

"Dizemos aos policiais para ficarem longe do pescoço quando possível. E se eles vão usar o peso do seu corpo, coloque-o no ombro", afirmou. Antes dele, na última segunda-feira, 5, Medaria Arradondo, chefe de polícia de Minneapolis, também havia condenado a postura de Derek, dizendo que ele violou as políticas de treinamento ao se ajoelhar no pescoço de George depois que ele parou de resistir.  

Já ontem, 6, terça-feira, outras pessoas que foram chamadas para testemunhar seguiram, em grande parte, a mesma linha de pensamento ao serem questionadas sobre as ações do policial. 

Porém, neste mesmo dia, uma testemunha-chave para o julgamento tentou evitar comparecer no tribunal, como informou o UOL. Trata-se de Morries Hall, que estava com Floyd em seu carro pouco antes da abordagem policial. 

Segundo seus advogados, ele não queria comparecer para não se incriminar por outras acusações. Sob custódia, ele apareceu por vídeo na audiência depois de ser convocado para depor.  

Os advogados de Hall argumentaram que era impossível que seu cliente testemunhasse sem se incriminar, algo que o juiz Peter Cahill concordou, dizendo que existe “uma lacuna muito pequena e estreita que poderia ser permissível” para que isso aconteça. Cahill informou que decidirá mais tarde sobre o pedido. 

Morries é visto como uma testemunha com potencial importante para a defesa do policial, afinal, os advogados de Chauvin tentam provar que George Floyd morreu em decorrência do uso ilegal de drogas, e não por conta da asfixia.  

Eric Nelson, advogado do policial, afirmou que queria questionar Hall se ele havia vendido ou dado algum tipo de substância ilícita para Floyd antes dele ser abordado. O advogado de Hall diz que “há uma alegação de que o Sr. Floyd ingeriu uma substância controlada enquanto a polícia o removia do carro... Isso deixa o Sr. Hall potencialmente incriminando a si mesmo”. 

Derek Chauvin, que foi demitido da polícia após a morte de George Floyd, tem se declarado inocente das acusações de homicídio culposo.  

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