Luciano Pacheco Martins em entrevista e fotografia de Alexandre Moraes de Lara, em estado vegetativo, com sua filha recém-nascida - Reprodução/YouTube/Jornal da Record / Divulgação/Arquivo Pessoal
Estado vegetativo

Tio de homem em estado vegetativo lamenta: 'A pessoa entra saudável e nunca mais sai'

Alexandre Moraes de Lara está em estado vegetativo desde outubro, quando recebeu dosagem de remédio 10 vezes mais alta

Redação Publicado em 31/08/2022, às 13h31

Em Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, um homem chamado Alexandre Moraes de Lara se encontra em estado vegetativo desde outubro, no hospital Humaniza.

O acontecimento se deve por uma falha da instituição de saúde: quando a vítima foi procurar atendimento para um problema cardíaco, recebeu uma dosagem de remédio 10 vezes maior que a recomendada, o que o fez passar mal e sofrer uma parada cardiorrespiratória. 

A pessoa entra conversando, caminhando, saudável, sorrindo, e nunca mais sai. Nunca mais sai, sem poder dar um 'tchau' para seus familiares", lamenta o tio da vítima, Luciano Pacheco Martins, como informado pelo g1.
Trechos de vídeos de Alexandre Moraes de Lara no hospital, incluindo um com sua filha bebê / Crédito: Divulgação/ Arquivo Pessoal

 

Um documento sobre o caso assinado pelo diretor-executivo do hospital na época aponta o erro da equipe ao ministrar a medicação em Alexandre. O prontuário diz que "a medicação dispensada pela farmácia do hospital era divergente da dosagem registrada no sistema e da prescrição médica."

Idealmente, o jovem teria de tomar pílulas contendo cerca de 30 miligramas da medicação, para tratar o problema cardíaco. No entanto, os comprimidos haviam sido etiquetados com erro, e cada um dos comprimidos tinha, na verdade, 300 miligramas da substância. No fim, em vez de tomar uma dosagem de 600 miligramas, ele tomou, na verdade, 6 mil miligramas.

Demora no atendimento

Segundo Luciano, tio de Alexandre, a forma como os funcionários do hospital agiram no momento do acidente também não teria sido adequada:

A médica não sabia orientar os enfermeiros ou técnicos do procedimento, se tinha que fazer intubação, se não tinha. O equipamento para respirar que eles foram utilizar estava faltando uma peça, então não deu para utilizar, ajudou a faltar oxigênio. O medicamento, que era adrenalina, que tinha que ser dado, não foi dado no tempo adequado", conta.

Gabrielle Gonçalves Bressiani, esposa do homem, lembra que o marido era ativo fisicamente, gostava de surfar e ir à academia frequentemente. Em outubro, quando Alexandre entrou em estado vegetativo, ela estava grávida de três meses.

Eu estava grávida de três meses quando aconteceu. Agora eu levo a Sara, filha dele, ali para vê-lo, mas ele não entende nada", diz Gabrielle, emocionada.

Um laudo assinado pelo médico contratado posteriormente pela família, por sua vez, afirma que há grandes chances de o estado vegetativo atual de Alexandre ser permanente.


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