O caso, ocorrido no Rio Grande do Sul, está sendo investigado pelas autoridades
Redação Publicado em 30/08/2022, às 18h19
O Humaniza, um hospital localizado em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, se tornou alvo de uma investigação policial após um de seus pacientes, um homem de 28 anos, se tornar vegetativo por conta de uma dosagem errada.
Alexandre Moraes de Lara foi hospitalizado em 2021 a fim de tratar problemas cardíacos, porém acabou consumindo dez vezes mais medicação do que deveria, o que provocou uma parada cardiorrespiratória.
Agora, ele se encontra em estado vegetativo, ou seja, incapaz de falar ou interagir com o mundo ao seu redor e necessitando de cuidados 24 horas por dia. Para piorar, esse quadro tem ainda grande potencial de ser permanente, segundo um laudo médico repercutido pelo portal de notícias G1.
A esposa do homem, Gabrielle Gonçalves Bressiani, estava grávida de três meses na época do episódio. Hoje, ela leva a bebê dos dois em suas visitas ao parceiro.
A pessoa entra conversando, caminhando, saudável, sorrindo, e nunca mais sai. Nunca mais sai, sem poder dar um 'tchau' para seus familiares", desabafou Luciano Pacheco Martins, o tio da vítima, em entrevista ao veículo.
A receita passada pelo médico que atendeu Alexandre estaria correta, mas a farmácia do hospital registrou os números de forma incorreta, acarretando assim sua superdosagem. Ainda de acordo com Luciano, a maneira como os funcionários do hospital reagiram à emergência após o acidente também teria sido inadequada.
A médica não sabia orientar os enfermeiros ou técnicos do procedimento, se tinha que fazer intubação, se não tinha. O equipamento para respirar que eles foram utilizar estava faltando uma peça, então não deu para utilizar, ajudou a faltar oxigênio. O medicamento, que era adrenalina, que tinha que ser dado, não foi dado no tempo adequado", narrou ele sobre o engano.
