Placa indicando área nuclear, em Chernobyl - Wikimedia Commons
Europa

35 anos do desastre de Chernobyl: Ucrânia relembra o ocorrido

O presidente ucraniano irá visitar o local para recordar o acidente

Vinicius Barbosa, supervisionado por Thiago Lincolins Publicado em 26/04/2021, às 08h39

Na madrugada de 26 de abril de 1986, ocorria a explosão do reator número 4 da usina central de Chernobyl, a 100 quilômetros da capital Kiev. 

35 anos depois, a nação ucraniana relembra o acidente que contaminou boa parte da Europa, e que ainda tem o seu número de vítimas em debate. De acordo com o portal de notícias UOL, o presidente Volodimir Zelenski deve visitar a zona de exclusão que está a 30 km ao redor da central. 

Um cálculo da ONG Greenpeace em 2006, estima que foram quase 100 mil pessoas mortas pelos efeitos da radiação. Dessas mortes são reconhecidas apenas 30, entre os operários e bombeiros, segundo a ONU (Unscear). 

Recorde o caso

É estimado que 75% da Europa sofreu contaminação, principalmente as então repúblicas soviéticas da Ucrânia, Belarus e Rússia. O combustível nuclear ficou por 10 dias queimando e liberando elementos radioativos. 

Na época, o líder da URSS, Mikhail Gorbachev, escondeu o ocorrido, revelando ao mundo somente em 14 de maio, 18 dias após a explosão. 

Hoje praticamente inabitados, os arredores do local foram deixados por 116 mil pessoas em 1986, ano do acidente, e nos anos posteriores por 230 mil moradores. 

Vida selvagem nos arredores de Chernobyl

 

Em esforços para controlar os incêndios, isolar o reator com uma estrutura de concreto e limpar os arredores, foram enviados durante quatro anos aproximadamente 600 mil pessoas.

Até dezembro de 2000, a central manteve a produção de energia elétrica, mas cedeu à pressão dos países ocidentais e paralisou o último reator operacional. 

Já no ano de 2016, foi instalado um arco de aço sobre o reator danificado, cobrindo a cobertura de concreto que está rachada e instável, garantindo assim a segurança por pelo menos os próximos 100 anos.

Hoje, o local é extremamente procurado por turistas, embora seja afirmado que humanos não poderão viver de forma segura por pelo menos 24 mil anos. Kiev deseja incluir Chernobyl na lista de Patrimônio Mundial da Unesco. 

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