A múmia de Hatexepsute - Wikimedia Commons
Egito Antigo

A múmia perdida de Hatexepsute, a maior faraó do Egito Antigo

Mais poderosa que Nefertiti ou Cleópatra, Hatexepsute governou o Egito durante duas décadas

Alana Sousa Publicado em 11/05/2020, às 08h00

Durante o século 15 a. C., o Egito era governado pelo que viria ser uma de suas maiores — e esquecidas — rainhas, a faraó: Hatexepsute. Apesar de ter proporcionado ao seu povo mais de duas décadas de paz e prosperidade econômica, a regente não é tão mencionada, ou conhecida, como Cleópatra ou Nefertiti.

Pertencente à Dinastia XVIII do Reino Novo, Hatexepsute se destacava por usar roupas masculinas, e até mesmo barbas, como forma de reafirmar seu poder e autoridade. Em pinturas egípcias é possível observar que a rainha era obesa, algo incomum para a época, mas que veio a ser confirmado quando sua múmia foi encontrada.

Em 1903, a ossada da faraó foi descoberta, mas por seu registro ter sido apagado pelo rei Tutemés III, sua múmia foi arquivada e considerada irrelevante. Em meados de 1923, o egiptólogo, Herbert Winlock, encontrou estátuas e que fariam referência à rainha. Foi dado início a uma busca pela sepultura de Hatexepsute. Sem saber que o cadáver já havia sido localizado.

Estátua de Hatexepsute / Crédito: Getty Images

 

Anos depois, em 2007, foi realizado um financiamento para que múmias não identificadas fossem estudadas. Foi então, que, a partir de análises de DNA e de tomografia computadorizada, comparando a arcada dentária com vasos egípcios, que a rainha-faraó foi reconhecida.

A múmia, relativamente bem preservada, apontou que Hatexepsute morreu com cerca de 50 anos, era obesa e sofreu de diabetes e infecção na gengiva — que a levou ao óbito. Ela ainda estava com as unhas pintadas de vermelho e preto no momento que falecera.

A múmia preservada da rainha-faraó / Crédito: Wikimedia Commons

 

A causa do esquecimento histórico da governante egípcia não está estabelecida, mas a principal tese defendida pelos historiadores é de que Tutemés III ordenou que as estátuas, pinturas e documentos de Hatexepsute fossem destruídos para que ele obtesse o crédito do momento próspero que vivia o império.

Para tentar promover o papel da rainha-faraó na Antiguidade, o Metropolitan Museum of Art de Nova York, Estados Unidos exibiu artefatos e relíquias do reinado de Hatexepsute, em 2007.


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