Imagem da fachada do casarão - Divulgação / Red House International School
Brasil

O curioso destino de um dos casarões mais marcantes de São Paulo

Pertencente a uma família de sobrenome de prestígio, o local foi inteiramente repaginado por dentro

Wallacy Ferrari Publicado em 11/03/2023, às 17h00 - Atualizado em 15/06/2023, às 15h24

Localizado na Rua Costa Aguiar, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, um curioso palacete compunha a paisagem da região conhecida pelo grandioso palácio que hoje abriga o Museu do Ipiranga. No número 1013, um casarão foi edificado no ano de 1920, sendo encomendado pela família Jafet, pioneiros na industrialização da cidade.

No início do século 20, a família de origem libanesa construiu uma série de empreendimentos notáveis até os dias atuais, como o Hospital Sírio-Libanês, além de contribuírem para a criação do MASP. Os negócios da família, no entanto, se dividiam desde metalurgia e siderurgia, até investimentos no ramo têxtil e mineração, criando algumas das primeiras grandes fábricas do município que, hoje, figura como uma das principais megalópoles do mundo.

De maneira a se distribuírem no comando dos negócios, a residência da Rua Costa Aguiar se aproxima geograficamente do Clube Atlético Ypiranga, outra criação da família Jafet, chamando atenção pela duração que ultrapassa um século. Contudo, no início dos anos 2000, o local foi tombado como patrimônio histórico, sendo fechado e, por anos, interrompendo sua manutenção e limpeza, ostentando um visual deteriorado, como enfatizou o portal São Paulo Antiga.

Tudo isso, pelo menos até o ano de 2019, quando um casal de empreendedores conseguiu o aval do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) e do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) para transformar o local em um ponto de usufruto da população.

Mudança de uso

Naquele ano, o casal transformou a antiga residência em um franquiado da rede de colégios Red House International School. As intervenções arquitetônicas não alteraram o formato original do palacete, no entanto, contaram com o auxílio da Prefeitura, Corpo de Bombeiros e áreas relacionadas ao meio ambiente para reestruturar e modernizar seu funcionamento interno, como reportou a revista Casa Vogue.

Imagens mostram vista interna de cômodos restaurados / Crédito: Divulgação / Red House International School

 

No caso do órgão estadual, a edificação é protegida por se localizar no entorno do Parque da Independência. Mas a autorização pelos órgãos de preservação é apenas uma parte no processo de aprovação de um bem tombado. Todos os outros departamentos também tiveram que ser consultados para a liberação da obra", registrou a mestre em conservação Nattalia Bom Conselho ao veículo.

A restauração chama atenção ao preservar aspectos notórios do palacete, com base em entrevistas com descendentes da família Jafet que frequentaram o local quando ainda estava sob manutenção da família. Assim, mistura vidraças coloridas antigas com cadeiras e carteiras escolares modernas.

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