John F. Kennedy, o 35º presidente dos Estados Unidos - Getty Images
Estados Unidos

O intrigante telefonema recebido minutos antes da morte de John F. Kennedy

A misteriosa ligação foi registrada por um jornal regional britânico, voltando à tona em 2017

Victória Gearini | @victoriagearini Publicado em 18/07/2021, às 09h35

No fatídico dia 22 de novembro de 1963, o mundo presenciou a morte do então presidente do Estados Unidos, John F. Kennedy. Na tétrica ocasião, o 35º presidente dos EUA desfilava em Dallas, no Texas, ao lado de sua esposa Jacqueline Kennedy. 

A limusine na qual o governante e a primeira-dama se encontravam foi alvejada por um tiro que acertou Kennedy, o levando a morte diante das câmeras. Contudo, cerca de 25 minutos antes do presidente ser brutalmente assassinado, um jornal regional britânico teria recebido uma ligação misteriosa. 

O material que atualmente faz parte dos Arquivos Nacionais dos EUA, voltou a ser lembrado em outubro de 2017, após perder sua confidencialidade e tornar-se público. 

O insólito telefonema 

Às 18h05 (horário local) daquele mórbido dia, o jornal Cambridge News recebeu um telefonema anônimo em que dizia: “uma grande notícia nos Estados Unidos". Em um primeiro momento, a insólita ligação passou despercebida, mas quatro dias após o episódio, fez parte de um memorando. 

Retrato do presidente John F. Kennedy / Crédito: Getty Images

 

De acordo com uma notícia divulgada pela BBC, em 2017, na época do ocorrido, o memorando foi escrito pelo vice-diretor do FBI James Angleton, sendo destinado a J. Edgar Hoover, o então chefe da agência. O documento informava que o serviço de inteligência britânico MI5 teria tido acesso a uma ligação intrigante recebida pelo jornal do Reino Unido.

O autor da ligação disse apenas que o repórter do Cambridge News deveria telefonar à Embaixada dos EUA em Londres para uma grande notícia e então desligou", dizia o memorando, conforme divulgou a BBC.

Outro fato intrigante apurado pelo serviço de inteligência foi a de telefonemas similares recebidos por outras pessoas do Reino Unido.

Ainda conforme o memorando, no ano que antecedeu a morte de Kennedy, pessoas comuns teriam recebido ligações misteriosas, principalmente referindo-se ao caso do médico Stephen Ward, que no início da década de 1960 fez parte do escândalo político que ficou conhecido na história britânica como “Caso Profumo”. 

As investigações 

Na época, as autoridades alegaram que "após saber da morte do presidente, o repórter informou a polícia de Cambridge do telefonema anônimo e a polícia informou o MI5. A questão importante é que a ligação foi feita, segundo os cálculos do MI5, cerca de 25 minutos antes de o presidente ter sido alvejado. O repórter nunca havia recebido uma ligação desse tipo antes, e o MI5 afirma que ele (jornalista) é conhecido deles como uma pessoa sensata e leal, sem nenhum histórico (de problemas) de segurança", revelou o memorando, conforme a BBC divulgou. 

Imagem do presidente John F. Kennedy / Crédito: Getty Images

 

Até 2017, a atual equipe do Cambridge News não tinha conhecimento do histórico da ligação nem sabiam a identidade do repórter que recebeu o telefonema. 

Conforme o então chefe de reportagem do jornal, Chris Elliott, o caso veio à tona pela primeira vez durante a década de 1980, quando o advogado Michael Eddowes passou a investigá-lo. 

Nesse documento, mencionava-se um telefonema feito ao Cambridge News advertindo que algo grande ia acontecer. (...) Não sabemos se o telefonema de fato foi feito, não sabemos qual repórter recebeu o telefonema e não sabemos qual seria a razão para alguém telefonar para um jornal de Cambridge a respeito disso", revelou o jornalista, conforme a BBC. 

O advogado, por sua vez, veio a óbito em 1992, crente de que a morte de Kennedy fosse parte de alguma conspiração muito maior. Para ele, a ligação poderia ter sido feita para salientar a ideia de que a morte do 35º presidente dos Estados Unidos teria sido orquestrada. 

Fato é, que ainda hoje, o assassinato do governante é repleto de incognitas e teorias conspiratórias sobre as verdadeiras motivações e indivíduos envolvidos no crime que escandalizou a sociedade da época.

Uma dessas novas versões é contada no documentário ‘JFK Revisited: Through The Looking Glass’, do cineasta Oliver Stone. Ele aponta teorias sobre o assassinato do presidente norte-americano. 

“É mais importante sabermos por que Kennedy foi assassinado do que por quem. E foi por seu desejo de paz. Hoje, por que queremos inimigos? Por que mantemos uma política hostil contra Rússia, China, Irã ou Cuba? Precisamos de relações estáveis com esses países, porque a ameaça principal que sofremos atualmente é o aquecimento global. E é um problema mundial que exige soluções mundiais. Os países, as pessoas, estão acima de presidentes ou ditadores”, revelou ele.

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