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Curiosidades / Civilizações

Dos deuses gregos aos faraós: Como surgiu o cabide?

Presente no cotidiano de grandes personagens do passado, o objeto tem mais de 4 mil anos, mas já foi até trocado por baús

Juliana Parente, Arquivo Aventuras na História Publicado em 03/10/2021, às 08h00 - Atualizado em 09/12/2022, às 10h32

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Imagem meramente ilustrativa de cabides - Divulgação/ Pixabay/ Pexels
Imagem meramente ilustrativa de cabides - Divulgação/ Pixabay/ Pexels

A primeira representação de um cabite na história foi feita em uma ânfora de 250 a.C.. Bastante semelhante com o que conhecemos hoje, ele foi grafado nas maos da deusa Atena. Curiosamente, 4 mil anos mais tarde, o objeto continua com a mesma carinha.

Nesse senrtido, até mesmo hieróglifos extraídos de um sarcófago datado do ano 2000 a.C., atualmente em exposição no Museu do Cairo, já faziam referência ao objeto, que estava presente no cotidiano das rainhas e dos reis egípcios.

Naquela época, contudo, o uso do cabide era diferente. A idéia não era manter a roupa pendurada, facilitando a escolha. Eles eram usados apenas como um recurso para ajudar a preservar as túnicas, cerzidas em tecidos muito delicados, como a seda. Dispostos na vertical e em local ventilado, os trajes acabavam durando mais.

Durante a Idade Média, porém, os cabides desapareceram. Como a moda era usar uma roupa que mais parecia um camisolão de lã, linho ou algodão, que não precisava de cuidados especiais, tudo era mantido em arcas. Segundo o historiador Philippe Ariès em 'A História da Vida Privada', a situação só começaria a mudar a partir do século 14, quando os móveis ganham um caráter mais permanente. Aos poucos, os baús passaram a ser tidos como objetos de arte até o momento em que, finalmente, cederiam lugar ao guarda-roupa, com suas prateleiras e suportes para pendurar.

Daí à popularização dos cabides, porém, foi uma longa jornada. Em 1903, o canadense Albert Parkhouse inventou o modelo mais popular já produzido até então. Segundo o Museu do Cabide (acervo online montado pela Auburn University, no Alabama), o departamento de patentes americano registrou cerca de 200 versões de penduradores na primeira década do século 20: para camisas, saias, casacos, modelos dobráveis e mais toda a sorte de variações que as necessidades puderam sugerir.