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Curiosidades / Brasil

Como o Brasil celebrou a Independência há 100 anos

Saiba como foram as comemorações do centenário da independência do país

Redação Publicado em 29/05/2022, às 08h00 - Atualizado em 07/09/2022, às 13h00

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Quadro Independência ou Morte - Domínio público / Pedro Américo
Quadro Independência ou Morte - Domínio público / Pedro Américo

1922 foi um ano memorável para os brasileiros, afinal, cem anos antes ocorrera um dos mais importantes episódios da história do Brasil: o Grito da Independência. O centenário foi comemorado com uma festa grandiosa, que contou com a participação de mais de 20 chefes de estado.

Hoje, um século após as comemorações, encontra-se organizada na cidade do Rio de Janeiro uma exposição relembrando os feitos da data.

Primeira transmissão de rádio

Segundo o portal de notícias G1, foram, ao todo, 11 meses de comemorações, sendo que os eventos foram planejados com dois anos de antecedência. Na ocasião, catorze países montaram pavilhões, os quais foram capazes de atrair cerca de 3,5 milhões de visitantes.

Um ponto importante foi que houve na abertura da cerimônia um feito histórico: a primeira transmissão de rádio do Brasil. A princípio, houve discursos e, logo em seguida, a transmissão da ópera "Il Guarany", de Carlos Gomes.

Com isso, o governo brasileiro buscava mostrar ao mundo que o Brasil era uma nação moderna e que acompanhava os avanços nas mais variadas áreas da ciência e da indústria. O valor gasto na festa do centenário, no entanto, foi motivo para inúmeras críticas feitas pela população e pela imprensa.

Cidade do Rio de Janeiro em 1922 / Crédito: Divulgação / Youtube / CTAv Centro Técnico Audiovisual

Gastos exorbitantes

Na época, foram liberados 100 mil contos de réis em verbas para as celebrações, o que era muito naquele tempo. As críticas tomaram proporção maior ainda em razão de uma grave seca que, naquele mesmo ano, havia atingido o nordeste do país e causado milhares de mortes. Outra questão era a enorme inflação que fez com que inúmeras famílias passassem por dificuldades.

Além disso, então presidente Epitácio Pessoa havia decretado estado de sítio por causa da revolta militar ocorrida em Copacabana em julho daquele mesmo ano, a qual ficou conhecida como "Os 18 do Forte".

“Interessante como a gente vê que alguns problemas retornam, como a questão da fome, do preço da luz, da energia, quando a gente pensa nos aumentos do preço da gasolina. Então, a gente vê um pais que se modernizou, por um lado, e por outro lado continuou com muitas mazelas sociais”, disse a antropóloga Ana Teles da Silva ao G1.

O então presidente Epitácio Pessoa / Crédito: Domínio público

O Rio de Janeiro das revistas

Contudo, a imagem do país passada nas revistas era diferente. Segundo a fonte, o Brasil nas páginas da época seria uma nação que havia promovido grande avanços após a Primeira Guerra Mundial.

Naquele tempo, o antigo Morro do Castelo foi demolido para dar lugar aos prédios da exposição. Quatro desses edifícios se encontram de pé até os dias de hoje, entre eles a sede da Academia Brasileira de Letras e o Museu Histórico Nacional.

“Vivi aqui no Rio de Janeiro a minha vida toda e nunca tive noção de que tinha sido feita esse tipo de arquitetura, tudo para uma comemoração. Me deu um sentimento de uma nostalgia de um tempo que eu não vivi, mas um saudosismo dessa época”, diz a pesquisadora e botânica Sarah Domingues Ricardo.