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Curiosidades / Playcenter

A não tão conhecida história das orcas da Islândia recebidas no Playcenter

O Playcenter, que teve as atividades encerradas em 2012, já recebeu duas orcas para um show; relembre a história de Samoa e Nandu

Redação Publicado em 10/06/2024, às 21h00

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Registro do Orca Show - Divulgação/Playcenter
Registro do Orca Show - Divulgação/Playcenter

Em 2012, o Playcenter, um parque de diversões em São Paulo, encerou suas atividades e, recentemente, foi adquirido pela Cacau Show, marca conhecida de chocolates.

Inaugurado em 1973, na cidade de São Paulo, o parque de diversões era um dos maiores da América Latina. Muito popular entre jovens e adultos, contava com atrações como tobogã, Museu de Cera, Super Jet e o famoso La Bamba.

No entanto, uma atração em particular acabou esquecida pela nova geração. O "Orca Show" apresentou o desempenho curioso de duas orcas: Samoa, uma fêmea, e Nandu, um macho.

Sucesso

Segundo o Estadão, os animais foram trazidos da Islândia para o Brasil no final de 1984. A intenção era que a chegada dos animais fosse discreta, no entanto, acabou divulgada pela mídia. Samoa e Nandu foram preparados durante meses para uma performance.

Como era esperado, a estreia foi um grande sucesso. Além dos habitantes de São Paulo, indivíduos de diferentes localidades, inclusive estrangeiros, foram ao Playcenter para assistir às orcas em ação.

As orcas do Playcenter

Os animais pulavam dos tanques para pegar peixes e impressionavam a plateia com suas acrobacias. É importante ressaltar que, hoje em dia, apresentações do tipo são controversas.

Isso ocorre porque os animais, que pesam toneladas, são confinados em espaços não adequados para o seu tamanho, resultando num alto nível de estresse e possíveis problemas de saúde, como evidenciado no documentário 'Black Fish'.

De acordo com o Orca Aware, financiado pela organização British Divers Marine Life Rescue, Nandu teve um destino trágico. Após passar alguns anos no Brasil, o animal morreu.

"(...) [Nandu] foi descoberto sem vida no local onde estava sendo preso em cativeiro por quatro anos, o que contribuiu para intensificar a campanha contra a utilização de animais em atrações de entretenimento", descreve um artigo da Revista Mouseion do Museu e Arquivo Histórico La Salle.

O fim de Samoa

Após a saída de Nandu, Samoa passou a ser acompanhada por golfinhos, de acordo com informações do Orca Aware. Posteriormente, foi adquirida pelo SeaWorld e, a partir de 1989, passou a residir no parque da empresa em Ohio, Estados Unidos, onde começou a se apresentar com outras orcas.

Enviada ao SeaWorld de San Antonio, ela acabou acasalando com o macho Kotar. No entanto, a história do animal teve um desfecho trágico. Em março de 1992, Samoa contraiu uma infecção fúngica e entrou em trabalho de parto prematuro, o que foi descoberto em sua morte. O filhote nasceu sem vida.