Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Tim Steiner

Tim Steiner: 5 curiosidades sobre o homem que vendeu as costas para a arte

Após ser tatuado por 40 horas, ao longo de mais de dois anos, Tim Steiner se tornou uma verdadeira 'obra de arte humana'; entenda!

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 23/06/2024, às 12h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Tim Steiner em exposição no MONA - Divulgação/MONA
Tim Steiner em exposição no MONA - Divulgação/MONA

Tim Steiner já conheceu museus de arte em diversas partes do mundo. Muito mais que apaixonado pelas obras, ele também é uma atração. Afinal, enquanto está em galerias, Tim chama a atenção ao exibir suas costas

Steiner, há anos, foi tatuado por um polêmico artista belga e teve suas costas vendidas para um colecionador de arte alemão. Assim, quando ele morrer, a pele de suas costas virará um quadro. Conheça cinco curiosidades sobre Tim Steiner!

+ Livro encadernado com pele humana chama atenção em feira literária de Nova York

1. 40 horas

A história de Tim Steiner como uma 'obra de arte humana' começa em meados de 2006, quando sua então namorada conheceu Wim Delvoye. O artista belga se tornou famoso de forma polêmica: ele tatuava porcos. 

Na época, Wim procurava uma pessoa para ser sua "tela humana" e perguntou para a namora de Tim se ela conhecia alguém. "Ela me ligou e eu disse espontaneamente: 'Eu gostaria de fazer isso'", relembra Steiner em entrevista a BBC.

Wim Delvoye tatuando Tim Steiner e um porco / Crédito: Divulgação / Wim Delvoye

Para o desenho — de uma santa orando, sendo coroada com uma caveira mexicana, com rosas azuis, pássaros, aves e diversos outros elementos — Wim Delvoye precisou trabalhar por mais de dois anos no projeto. Tim Steiner foi submetido a 40 horas de sessões.


2. Costas à venda

Ao fim, a obra recebeu o nome de TIM. Em 2008, o trabalho foi vendido para o colecionador de arte alemão Rik Reinking, que pagou na época 150 mil euros (cerca de R$ 505 mil na cotação daquele tempo). Steiner ficou com um terço do valor (50 mil euros ou cerca de R$ 168 mil). 

+ A melancólica história por trás da mais famosa tatuagem de Amy Winehouse

Assim, quando o sujeito morrer, a pele de suas costas será retirada e transformada em um quadro, que fará parte do acervo pessoal de Reinking. "Minhas costas são uma tela, eu sou a moldura provisória", continua, ainda à BBC.


3. Rik em exposição 

Além do fato bizarro de que a pele de Steiner virará um quadro após sua morte, o contrato firmado por Tim também prevê que ele se apresente, pelo menos três vezes no ano, em galerias de arte pelo mundo. 

Tim Steiner, a obra de arte humana - Divulgação / Wim Delvoye

A primeira delas aconteceu em um museu de Zurique, em junho de 2006, quando o trabalho de tatuagem estava em andamento. E a mais longeva aconteceu quando o trabalho completou uma década, sendo exibido por um ano no museu Mona em Hobart, na Tasmânia. Tim trabalhava cinco horas por dia, seis dias por semana.


4. Sem proteção 

Steiner considerou a exposição na Tasmânia como "a experiência mais exageradamente intensa da minha vida". Mas as outras exibições também proporcionam sentimentos diferentes para Tim

Afinal, nenhuma galeria 'protegeu o sujeito com algum tipo de grade ou painel transparente. Tim sempre fica separado do público apenas por uma linha traçada no chão — o que não impede que alguns visitantes a cruzem. 

Fui tocado, soprado, gritado, empurrado e cuspido, muitas vezes foi um circo", diz à BBC.

Ele também já relatou que muitos dos visitantes tentam conversar com ele, mas apenas são ignorados. "Muitas pessoas pensam que eu sou uma escultura e tomam um susto quando descobrem que estou vivo".


5. Lugares em que foi exibido

Apesar dessas situações não muito agradáveis, Tim Steiner conta que uma das suas grandes alegrias foi poder visitar o museu Mona, da Tasmânia, antes da abertura para os visitantes. "Estar lá comigo mesmo, com meus fones de ouvido, passeando e fazendo meus alongamentos cercado por arte num prédio místico foi surreal". 

A tatuagem de Tim - Divulgação / Wim Delvoye

Além desse período de um ano no estado australiano, Tim já foi 'exibido' em galerias de Zurique (Suíça), Xangai (China), Londres (Inglaterra), Paris (França), Hamburgo (Alemanha), Roma (Itália) e diversos outros.