Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História

O comediante e ator que perdeu o pai durante os atentados de 11 de setembro

Morte do pai durante os atentados de 11 de setembro fez com que o artista desenvolvesse transtorno do estresse pós-traumático

Redação Publicado em 03/07/2023, às 11h45

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Registro do ataque às Torres Gemêas, em Nova York - Getty Images
Registro do ataque às Torres Gemêas, em Nova York - Getty Images

Era 11 de setembro de 2001 quando dois aviões comerciais sequestrados por extremistas da Al-Qaeda, grupo fundamentalista islâmico que tinha como líder Osama Bin Laden, se chocaram propositalmente com as duas torres do World Trade Center, resultando no trágico colapso que parou o mundo.

A tragédia foi responsável pela morte de 2.996 pessoas e deixou inúmeros feridos. É necessário relembrar daqueles que lideram com as consequências após o desastre e as vítimas que sofreram com danos a longo prazo, como a poeira inalada durante a queda das torres. Também foram afetados os familiares das vítimas, que precisaram encarar o luto e a falta de informações imediatas. 

Uma dessas pessoas é o comediante e ator Pete Davidson, um dos mais famosos da atualidade. O artista, de 29 anos, perdeu o pai, que era bombeiro, durante o ataque às torres gêmeas. Scott Davidson foi um dos profissionais de resgate que morreram soterrados no World Trade Center e foi visto pela última vez ao tentar subir as escadas de um dos edifícios. A informação foi relembrada por Pete durante participação no podcast Real Ones, de Jon Bernthal neste ano. 

O comediante e ator Pete Davidson /Crédito: Reprodução/Vídeo

Durante a conversa, ele relembrou como foi o dia que marcou sua vida de maneira negativa e os momentos seguintes. Sua mãe apenas o informou que o pai 'estava no trabalho'. 

"Meu pai me disse que iria me buscar no 11 de setembro", lembrou Pete, que tinha apenas 7 anos. "Mas fui apanhado pela minha mãe. Ela não me contou o que estava acontecendo por uns três dias. Ela ficava me dizendo que meu pai estava no trabalho, eu não fazia ideia".

Ainda na tentativa de impedir que Pete soubesse da morte do pai, a sua mãe até mesmo o proibiu de assistir à televisão. No entanto, foi em vão. 

"Minha mãe disse: 'Você está de castigo, não pode assistir TV'. Eu fiquei tipo: 'O quê? Eu não fiz nada'. E, então, uma noite eu liguei a TV e vi meu pai. Estavam dizendo: 'Esses são todos os bombeiros que estão mortos'", destacou ele. 

Última esperança

A tragédia ainda resultou em momentos de sofrimento para Pete, afinal, as equipes de resgate continuavam procurando por sobreviventes nos destroços das torres. Assim, existia uma esperança. 

Imagem mostra Pete Davidson no colo do pai /Crédito: Arquivo pessoal

"Havia apenas algum tipo de esperança e era apenas altos e baixos e ninguém sabia a maneira certa de lidar com isso", relembrou ele, que também enfatizou como sua mãe foi forte naquele momento. "É por isso que, à medida que envelheço, fico tipo: 'Cara, minha mãe foi incrível".

A morte trágica do pai resultou em transtorno do estresse pós-traumático, fez com que Pete necessitasse de terapia e que o faz ter dificuldade para confiar nas pessoas. 

"Papai diz que vai buscá-lo, mas não vai, então, pelo resto da vida, não acredito em ninguém", disse ele. "Estou tentando aprender a acreditar nas pessoas e Hollywood não é o melhor lugar para aprender essa habilidade. Passei de uma vida traumática para a vida traumática do ensino médio, porque Hollywood é como o ensino médio".