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Notícias / Mundo

15 argentinas são resgatadas de esquema de tráfico sexual no México

Por meio do Facebook e WhatsApp, as vítimas em situação de vulnerabilidade econômica eram recrutadas com ofertas de emprego falsas

Redação Publicado em 22/05/2024, às 18h00

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Imagem ilustrativa de cadeado - Foto de Pavlofox, via Pixabay
Imagem ilustrativa de cadeado - Foto de Pavlofox, via Pixabay

No dia 14 de maio, uma jovem argentina conseguiu enviar uma mensagem anônima para a Procuradoria Geral do estado mexicano de Quintana Roo, utilizando o aplicativo WhatsApp. Três dias depois, ela e mais 16 mulheres foram resgatadas de uma rede de tráfico que as explorava sexualmente nas praias mexicanas do Caribe.

"Promotores, me ajudem. Quero denunciar que fugi de um inferno ou, como dizem aqui, um bar chamado La Consentida, onde me prostituíam contra minha vontade. Não conheço esta cidade porque sou da Argentina, mas sei que as ruas são Constituyentes e Carretera Federal. Peço que ocultem meu telefone porque temo por minha vida. Há três meninas de 12 ou 13 anos. Elas estão sendo prostituídas, é horrível. Somos 15 meninas a quem tiraram os passaportes, mas consegui escapar. Por favor, nos ajudem", denunciou ela.

Desde então, o governo argentino agiu rapidamente, por meio da área especial de combate ao tráfico de pessoas vinculada ao Ministério da Segurança, e entrou em contato com as autoridades judiciais mexicanas para prestar assistência à investigação e às vítimas, que estão sob custódia do consulado argentino em Cancún.

Além disso, a Procuradoria Geral de Quintana Roo divulgou que três mexicanos, identificados como Luis Alfredo Rangel Lobato, Emmanuel Gueva Cordero e Ángel Alberto Ake Fuentes, foram detidos durante essa operação. Eles são investigados pelo crime de tráfico de pessoas e exploração sexual no município de Cancún.

Recrutamento

Após ser informado sobre a situação, o Comitê Executivo para o Combate ao Tráfico e Exploração de Pessoas e para a Proteção e Assistência às Vítimas, liderado por Verônica Toller, entrou em contato com as autoridades mexicanas. A promotoria do país investigou uma rede que recrutava jovens em situação de vulnerabilidade para explorá-las sexualmente.

No caso das argentinas, o recrutamento ocorreu por meio do Facebook e do WhatsApp, com falsas ofertas de emprego em hotéis de luxo em Cancún, Tulum e Playa del Carmen. Elas eram recebidas no aeroporto de Cancún e levadas em veículos particulares até a Playa del Carmen, onde eram obrigadas a trabalhar em um bar e prostíbulo chamado La Consentida.

Então, seus passaportes eram retidos, e elas forçadas a pagar uma taxa de manutenção. Três bares em Playa del Carmen e Cancún, todos do mesmo proprietário, foram identificados como o mesmo modus operandi, conforme detalhado pela investigação. 

As autoridades argentinas foram informadas de que as vítimas têm entre 20 e 32 anos, algumas com ensino médio e outras com ensino superior. Contudo, todas se encontravam em situação de vulnerabilidade econômica, conforme repercutido pelo jornal O Globo.