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Notícias / Arqueologia

Sinal de riqueza: 16 celeiros do Período Neolítico são descobertos na China

Aglomerado de construções destinadas ao armazenamento de grãos foram desenterradas no país asiático

Ingredi Brunato Publicado em 15/12/2022, às 14h31

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Fotografia da escavação - Divulgação/ Xinhua/ Governo da China
Fotografia da escavação - Divulgação/ Xinhua/ Governo da China

O Instituto Provincial de Herança Cultural e Arqueologia de Henan, província da China, revelou recentemente a descoberta arqueológica de nada menos que 16 celeiros de grãos que remontam ao Neolítico

A escavação das construções, que são datadas do período entre 5 mil e 7 mil anos atrás, foi finalizada recentemente. Sua quantidade é uma demonstração da prosperidade econômica vivida pela região na época, segundo repercutido pelo portal Arkeonews. 

Os prédios destinados ao armazenamento de grãos possuem formatos redondos ou ovais, com uma área de dois metros quadrados cada. Um aspecto curioso dos locais históricos é que suas paredes seriam à prova de umidade, uma característica importante para que os alimentos guardados em seu interior demorassem mais para estragar. 

Outro detalhe importante é que, nas proximidades desse sítio arqueológico, já haviam sido encontradas ruínas de oficinas de jade e outras pedras preciosas, uma atividade comercial que teria sido muito lucrativa. 

As comidas da China neolítica

Dentro das ruínas, os pesquisadores chineses encontraram vestígios de arroz, milho e painço. Sementes de grama, por outro lado, embora sejam comuns no território onde estavam os celeiros, eram escassas no local da escavação, o que levou os especialistas a teorizarem que as construções não eram destinadas ao armazenamento de uma produção agrícola regional, e sim de alimentos comprados via comércio com outros lugares. 

Apenas uma pequena quantidade de ervas daninhas e sementes foram encontradas nas ruínas. Talvez originalmente, as pessoas aqui não se dedicassem à produção agrícola. Seus recursos alimentares foram fornecidos ou comercializados de outros lugares”, apontou Ma Juncai, pesquisador envolvido na descoberta, ainda de acordo com a Arkeonews. 

"A descoberta das inúmeras fundações de celeiros de grãos nas ruínas de Huangshan [cidade antiga onde foi feito o achado] recaptura a glória docomércio pré-histórico no contexto do crescimento da indústria de jade”, concluiu ele.