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Notícias / Austrália

Acampamento de mineração do século 19 é encontrado na Austrália

O local era utilizado para o trabalho com xisto e guardava relíquias esquecidas embaixo da vegetação — destruída pelos recentes incêndios

Alana Sousa Publicado em 02/07/2020, às 18h00

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Chris Banffy, guarda florestal do NPWS, e o Dr. Bec Parkes ao lado da descoberta - Divulgação/Universidade Macquarie
Chris Banffy, guarda florestal do NPWS, e o Dr. Bec Parkes ao lado da descoberta - Divulgação/Universidade Macquarie

Os incêndios que ocorreram no ano passado e início deste ano da Austrália deixaram milhões de animais mortos e uma vasta destruição na rica fauna e flora do país. Além de um cenário de tragédia, as chamas estão trazendo à tona um passado quase esquecido da região. Arqueólogos encontraram um antigo acampamento de mineração que foi usado no final do século 19 e início do século 20.

Segundo o portal australiano de notícias Blue Mountains Gazette, a equipe da Universidade Macquarie está comandando as pesquisas no local. Até o momento os especialistas descobriram que o campo era utilizado por mineradores no ano 1880 até meados de 1914. Lá, eles trabalhavam com xisto, uma espécie de rocha bastante laminada.

 Membro da equipe arqueológica faz algumas medições no antigo acampamento

O acampamento de mineração foi encontrado primeiramente por guardas florestais dos Parques Nacionais do estado de Nova Gales do Sul. Assim que notaram a presença de objetos que eram estranhos para a floresta, contataram a Universidade. Então, foram localizados outros artefatos, como ruínas de paredes, cerâmica, vidro, lareiras e coberturas de ferro ondulado— que antes estavam cobertos pela vegetação.

“O objetivo é dar 'carne e voz' às pessoas que viveram e trabalharam neste local”, afirmou a professora Tanya Evans, do departamento de história da Universidade. “O estudo analisará os efeitos da desindustrialização na paisagem, isto é, a história de como esse vilarejo industrial basicamente retornou à natureza, mas deixou alguns impactos na paisagem”, finalizou.

Logo que as restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus acabarem os planos para abrir o centenário lugar ao público são grandes: “Planejaremos eventos localmente, esperançosamente em parceria com bibliotecas locais, famílias e sociedades históricas locais. Convidaremos membros do público interessados ​​em linhagem, genealogia, história local e patrimônio familiar para trazer suas coleções familiares para eventos temáticos e trabalhar com acadêmicos”, escreveram os membros da equipe em comunicado.