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Notícias / Javier Milei

Admirador de Trump e defensor da posse de armas de fogo: Quem é Javier Milei

Candidato à presidência mais votado na Argentina, Javier Milei coleciona polêmicas desde que começou a surgir na mídia

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 14/08/2023, às 14h44

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Javier Milei - Getty Images
Javier Milei - Getty Images

Javier Milei, um economista de 52 anos de idade, representante da extrema direita e membro do partido Liberdade Avança, foi o candidato mais votado nas eleições primárias realizadas na Argentina no último fim de semana.

Ele, que se identifica como "anarcocapitalista", saiu na frente na corrida presidencial com seu discurso de que os políticos precisam ser "chutados na bunda".

Como destaca o portal de notícias UOL, as primárias são uma votação obrigatória que antecede as eleições — agendadas para o dia 22 de outubro — a qual determina quais candidatos devem concorrer oficialmente ao cargo de presidente.

Detentor de um diploma em Economia pela Universidade de Belgrano, e com dois mestrados na área, o candidato propõe o abandono do peso argentino e a dolarização da economia. Ele, que defende a privatização dos setores de saúde e educação, bem como a redução do aparato governamental, ainda apresenta discursos declarando que irá "dinamitar" o Banco Central.

Milhões de seguidores

Recém-chegado à política, o economista ganhou notoriedade por suas aparições em programas de debates e atua como deputado na câmara baixa do Congresso desde 2021. Em 2017, inaugurou um programa de rádio intitulado "Derrubando Mitos", adentrando nos holofotes dos programas de maior audiência na televisão.

Nas redes sociais, o político conta milhões de seguidores, sendo que no Instagram conta com uma base de 2 milhões. Demonstrando desdém pelos privilégios políticos, optou por rifar seu próprio salário como deputado.

Mercado de órgãos

Entre as ideias defendidas por Milei estão a facilitação da posse de armas de fogo e, ainda, a possibilidade de comercialização de órgãos como um "novo mercado". Afinal, na visão do candidato, esta seria uma transação comercial entre adultos na qual o Estado não deveria intervir.

Quando questionado sobre a viabilidade da venda de crianças, Milei respondeu: "Se eu tivesse um filho, não o venderia. A resposta depende de quais termos você está pensando, talvez daqui a 200 anos, isso possa ser debatido".

Inspirações na política

Admirador dos ex-presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro, o economista é ainda amigo do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Segundo informações do portal UOL, quando o ex-presidente Bolsonaro perdeu as eleições para Lula (PT) no ano passado, o argentino ligou para o candidato do PL para parabenizá-lo pelo excelente resultado, não dirigindo qualquer palavra de felicitação ao petista, nem mesmo ao povo brasileiro.

Pais e irmã

Nascido em Buenos Aires, Milei é filho de um motorista de ônibus que mais tarde se tornou empresário no setor de transporte, e de uma dona de casa. Em certo momento, o economista chegou a afirmar que seus pais estavam "mortos", mas durante a pandemia acabou reestabelecendo contato com eles.

Também vale destacar que, para avaliar em quem confiar, Javier recorre à leitura de tarô feita por sua irmã, Karina, conforme relato do jornal La Nación — e que sua irmã desempenha um papel importante em sua equipe de campanha presidencial, sendo chamada por ele de "o chefe" no masculino.

Posições sobre outros temas

Apesar de manifestar apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, Milei defende discursos conservadores e até mesmo negacionistas, chegando a chamar as mudanças climáticas de "farsa da esquerda".

Contrário ao aborto — prática que foi legalizada na Argentina em 2020 — o político também critica a educação sexual, que, para ele, seria uma manobra que visa a destruição da família.