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Notícias / Mundo

Advogada defensora dos direitos humanos, Nasrin Sotoudeh, é presa no Irã

Nos últimos anos, a advogada iraniana foi presa inúmeras vezes, por acusações que incluem o incentivo da “corrupção e excesso"

Redação Publicado em 30/10/2023, às 17h27

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Nasrin Sotoudeh - Reprodução/Vídeo/YouTube/Aurora Prize
Nasrin Sotoudeh - Reprodução/Vídeo/YouTube/Aurora Prize

No último domingo, 29, Nasrin Sotoudeh, advogada iraniana e defensora dos direitos humanos, foi detida durante o funeral de uma adolescente que faleceu em circunstâncias misteriosas no metrô.

A estudante Armita Garawand, de 17 anos e natural de uma região curda, foi sepultada no sul de Teerã no dia seguinte ao seu óbito. A jovem ficou em estado de coma por quase um mês no hospital após desmaiar no metrô da capital.

Minha mulher foi detida no funeral de Armita Garawand, com outros participantes.”, afirmou Reza Khandan à AFP.

Conforme repercutido pelo portal O Globo, a agência de notícias local, Fars, afirmou que, na noite de domingo, a advogada foi “detida e entregue à autoridade judicial” por “não usar véu” e “perturbar a segurança mental da sociedade”.

Em 2012, Sotoudeh, 60, ganhou o Prêmio Sakharov do Parlamento Europeu, entregue a defensores dos direitos humanos. Desde então, ela foi detida inúmeras vezes. Em 2018, ela foi presa por defender a liberdade de uma mulher presa durante protestos contra o uso obrigatório do véu no Irã. Cerca de um ano depois, ela recebeu uma sentença de 12 anos de prisão, “por incentivar a corrupção e o excesso”.

Contradições

Os detalhes da morte de Armita continuam sem esclarecimento. Imagens da câmera de segurança do local, que foram divulgadas nas redes sociais, mostram o momento em que a jovem, que não estava com o lenço sobre a cabeça, foi retirada de um vagão do metrô após perder a consciência.

As autoridades locais asseguram que ela caiu e bateu a cabeça, em razão de uma súbita queda em sua pressão arterial. E negam qualquer “altercações físicas ou verbais com passageiros, ou funcionários do metrô”. 

Porém, múltiplas ONGs defendem que a estudante tenha sido agredida por membros da polícia da moralidade, responsáveis pelo cumprimento do código de vestimenta feminina em espaços públicos. É importante ressaltar que, desde a Revolução Islâmica de 1979, o uso do véu tornou-se obrigatório para as mulheres.