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Notícias / Anne Frank

Afinal, quem encontrou o diário de Anne Frank?

A menina e seu caderno foram separados quando a família Frank foi encontrada pelos soldados nazistas

Redação Publicado em 13/08/2022, às 09h00

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Imagem do diário de Anne Frank - Getty Images
Imagem do diário de Anne Frank - Getty Images

Anne Frank passou cerca de dois anos vivendo com sua família e outros quatro judeus em um esconderijo apelidado de "Anexo Secreto". As experiências da menina, que misturam conflitos familiares, mudanças típicas da puberdade e preocupações com o contexto político da sociedade em que vivia, foram anotadas com esmero em um diário que viria a conquistar o mundo anos após ser escrito.

Infelizmente, a jovem judia não teve a oportunidade de ver suas anotações íntimas se transformarem em um documento histórico de valor. Quando o Anexo Secreto foi invadido por soldados nazistas, Anne foi levada juntamente do pai, Otto, da mãe, Edith, e da irmã mais velha, Margot, para o campo de concentração de Auschwitz.

Já seu diário ficou para trás, em meio aos escombros do abrigo que os havia mantido seguros durante tanto tempo.

Sobreviventes 

Fotografia da família de Anne Frank: da esquerda para a direita é possível ver Margot, Otto, Anne e Edith / Crédito: Divulgação/ Anne Frank-Fonds

O caderno viria a ser encontrado por Miep Gies, a antiga secretária de Otto, e também alguém que, junto de seu marido, havia sido responsável por manter o grupo de judeus vivos no esconderijo, abastecendo-os com comida e outros mantimentos. 

Ela manteve o documento seguro na esperança de poder devolvê-lo à sua dona, porém Anne acabou morrendo de febre tifoide em fevereiro de 1945, padecendo apenas um dia depois de sua irmã, que também sofria com a mesma doença. 

Vale mencionar que as duas jovens Frank chegaram ao fim da vida no campo de extermínio de Bergen-Belsen — haviam sido separadas meses antes de sua figura materna, Edith, que permaneceu em Auschwitz, onde morreu de inanição ainda em 1944. 

O único membro da família que sobreviveu ao Holocausto, sendo capaz de conhecer o mundo após a derrota de Hitler e o consequente fim da Segunda Guerra Mundial, foi Otto

Do Anexo Secreto para o mundo 

Assim, foi para o patriarca dos Frank que Miep Gies entregou o diário da menina. Segundo informações repercutidas pela revista Galileu, a princípio o homem não tinha forças para ler as palavras escritas por sua filha. A perda ainda era muito recente. 

Quando finalmente conseguiu fazer a leitura, todavia, se surpreendeu com o conteúdo da mente e do coração da jovem pré-adolescente: “Eu não fazia ideia da profundidade de seus pensamentos e sentimentos”, relatou ele, de acordo com o portal Anne Frank House. 

Fotografia de página do diário / Crédito: Getty Images

Otto logo perceberia o valor dos registros feitos por Anne, compartilhando-os com familiares e amigos, e, enfim, com uma editora. O livro foi publicado pela primeira vez em 1947 com uma tiragem de somente 3 mil exemplares. 

O documento histórico foi ganhando notoriedade através das décadas seguintes, à medida que um público cada vez mais amplo era cativado pelo relato da Segunda Guerra pelo ponto de vista daquela menina judia presa em um esconderijo.