As obras de arte foram recuperadas após golpe milionário de mulher na própria mãe
Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincollins Publicado em 11/08/2022, às 11h38
Na última quarta-feira, 10, uma notícia da cidade do Rio de Janeiro chamou a atenção de todo o Brasil: uma mulher havia sido presa por suspeita de aplicar um golpe milionário — estima-se que em um valor de cerca de R$ 725 milhões — em sua própria mãe. O crime teria ocorrido por meio de extorsão de transferências bancárias e roubo de diversas obras de arte.
Entre as obras roubadas, encontram-se produções de artistas renomados como Di Cavalcanti, Cícero Dias e Tarsila do Amaral — sendo os quadros desta última de sua fase antropofágica, a mais prestigiada, que valem até mais de R$ 300 milhões. Além destes, há também outras pinturas de artistas franceses, romenos e russos no acervo roubado.
No entanto, após divulgação do caso, um vídeo que mostrava agentes da polícia manuseando as obras de arte chamou a atenção na internet. Nele, tentam empurrar um quadro — uma aquarela verde cuja autoria e valor ainda não foram identificados — dentro de um porta-malas, sem proteção para o manuseio ou cuidado com a produção.
É possível perceber ainda que a obra mal cabe dentro do carro que os oficiais utilizaram para transportá-la, o que preocupa quem se importa com a conservação do produto. Além disso, o porta-malas do carro da polícia já tinha outros objetos dentro de si.
A Polícia Civil coloca uma obra de arte no porta-malas do carro igualzinho eu faço com minhas compras de supermercado", reagiu em seu Twitter Diego Sangermano, diretor de Jornalismo do SBT Rio.
Ainda, em resposta, brincou o usuário Gustavo Dainezi: "Imagina a [...] dona dos quadros vendo isso. 'Deixa com os bandidos [...], pelo menos eles não destruíram nada'".
Imagina a veia dona dos quadros vendo isso
— 📚Gustavo Dainezi - Segue! ❤ (@dainezi) August 10, 2022
"Deixa cos baandido caraio pelo menos eles não destruíram nada"
A assessoria de imprensa da Polícia Civil do Rio de Janeiro foi questionada pela Splash, da UOL, sobre a autoria e nome da obra, além do motivo da ausência de proteções para o manuseio dela.
O órgão, contudo, se recusou a se pronunciar sobre a proteção dos quadros. Os nomes e autorias das pinturas apreendidas, por sua vez, serão divulgadas posteriormente.
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