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Notícias / Ataque em escola

Após ataque, professores criam grupos e alunos não desejam PMs na escola

Em grupos online, professores trocam informações sobre agressões e possibilidade da presença da Polícia Militar na escola assusta estudantes

Éric Moreira, sob supervisão de Ingredi Brunato Publicado em 29/03/2023, às 10h30

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Escola Estadual Thomazia Montoro, onde ocorreu ataque à faca na última segunda-feira, 27 - Reprodução/Vídeo
Escola Estadual Thomazia Montoro, onde ocorreu ataque à faca na última segunda-feira, 27 - Reprodução/Vídeo

Na última segunda-feira, 27, o Brasil se deparou com um caso horrível e chocante: na Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada no bairro da Vila Sônia, em São Paulo, um adolescente de 13 anos entrou com uma faca e, naquela manhã, atacou uma série de pessoas, tendo até mesmo sido responsável pela morte da professora de ciências,Elisabete Terneiro, de 71 anos.

Em reação à atrocidade, no dia seguinte, terça-feira, 28, foi realizado um ato organizado por estudantes e professores em frente ao colégio. Nele, não só foram prestadas homenagens à docente morta na tragédia, como foram feitos pedidos por paz e maior atenção às condições de ensino. 

Já nesta quarta, somente dois dias após o ataque, foi informado pelo g1 que professores de diferentes escolas da região trocam, por meio de grupos no WhatsApp, informações sobre episódios suspeitos nas escolas em que trabalham como maneira de tentar se proteger.

E a medida pode não demorar muito para dar seus primeiros resultados: ao g1, um professor de uma outra escola da Zona Oeste de São Paulo relatou uma ameaça de alunos que sofriam bullying:

Eles começaram a gritar que matariam todo mundo. Um outro professor viu, pediu providências à direção e questionou publicamente todos no grupo. Nós, como professores, cobramos", disse o docente. "O que aconteceu aqui [no Thomazia] despertou ainda mais o medo entre nós."

PMs nas escolas

Além da tendência entre professores da rede de ensino público de São Paulo, alunos da Escola Estadual Thomazia Montoro mantêm, também, um grupo no WhatsApp onde trocam vídeos, imagens, informações e áudios sobre o que se referem como um "pesadelo", os traumas que carregam e as agressões que sofrem no dia-a-dia escolar.

Além disso, relatam que estão todos apavorados com a possibilidade de começar a ser parte da rotina a presença da Polícia Militar nas escolas, sugestão dada pelo governador Tarcísio de Freitas após o ataque. Ainda relembram de casos anteriores onde policiais entravam em escolas e agrediam estudantes: "Aquela violência que a gente sabe que acontece."