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Notícias / Rússia x Ucrânia

Após contraofensiva da Ucrânia, Putin revela novos planos para a guerra: 'Não é um blefe'

O presidente da Rússia está recorrendo a novas táticas, o que, para lideranças internacionais, sinaliza seu desespero

Redação Publicado em 21/09/2022, às 11h44

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Fotografia de Putin em 2022 - Getty Images
Fotografia de Putin em 2022 - Getty Images

Durante um discurso televisionado nesta quarta-feira, 21, Vladimir Putinrevelou que pretende convocar 300 mil reservistas do exército russo para irem lutar na guerra da Ucrânia, além de fazer uma ameaça em relação ao uso de armas nucleares. 

(...) Quero lembrar que nosso país também possui vários meios de destruição, e (...) mais modernos que os dos países da OTAN, e quando a integridade territorial de nosso país está ameaçada, para proteger a Rússia e nosso povo, certamente usaremos todos os meios à nossa disposição (...) Não é um blefe", afirmou o líder do Kremlin. 

As declarações do presidente russo, que ocorrem logo após as tropas ucranianas realizarem uma bem-sucedida contra-ofensiva, foram vistas como uma "admissão" de que a "invasão está falhando" paraBen Wallace, o Secretário de Defesa do Reino Unido. 

"Nenhuma quantidade de ameaças ou propagandas pode esconder o fato de que a Ucrânia está ganhando esta guerra, que a comunidade internacional está unida e que a Rússia está se tornando um pária global", apontou o político, conforme repercutido pelo UOL. 

Expectativa versus realidade 

Vale lembrar que, quando o Kremlin anunciou o início da "operação militar especial" em território ucraniano, que é como o governo russo se refere à invasão do país vizinho, sua estimativa era de que se trataria de uma "guerra de três dias". 

Quase sete meses mais tarde, é claro como essa previsão estava muito longe de ser realista. O apoio internacional à Ucrânia permite que o país tenha acesso a equipamentos militares e recursos humanitários enviados por diversas nações. Enquanto isso, a Rússia está isolada militar e economicamente, tendo precisado inclusive recorrer à compra de foguetes da Coreia do Norte recentemente.

Sua necessidade declarada nesta quarta-feira de reforçar a quantidade de soldados enviados ao país com o qual está em conflito, por sua vez, pode ser encarada como outro sinal de que a situação não está se desenrolando da forma como Putin planejou. 

Parece [a convocação de 300 mil reservistas e a ameaça nuclear] mais uma tentativa de justificar seu próprio fracasso. A guerra claramente não está indo de acordo com o cenário da Rússia", relatou ainda o jornalista e político ucraniano Mykhailo Podoliakem uma entrevista à Reuters.