Os moais, estátuas da Ilha de Páscoa, foram afetados por um incêndio
Redação Publicado em 09/10/2022, às 12h50
Alguns dos históricos moais, que compreendem as estátuas escupidas na Ilha de Páscoa, foram atingidos por um incêndio florestal. O episódio se deu na segunda-feira, 3, quando 100 hectares foram alvo das chamas. Conforme repercutido pela AFP, á área que engloba o vulcão Ranu Rakau foi a mais afetada.
O local conta com centenas de moais no parque, Patrimônio Mundial, além da padreia que conta com os minerais com os quais são esculpidos. Em entrevista, Pedro Edmunds, atual prefeito de Rapa Nui, citou a dimensão dos danos nas famosas estátuas.
O dano é incalculável, imensurável. Também é irreparável, porque o fogo aquece a pedra e a pedra racha", afirmou Pedro Edmunds. "Nossos cientistas, juntamente com a administração do [Parque Nacional Rapa Nui], terão que ir à ilha para fazer a análise correspondente e ver quão grande é o dano e o que faremos no futuro. Não sei se há solução para isso.”
Inicialmente, a estimativa é de que 80 moais tenham sido danificados pelas chamas, conforme repercutido pelo G1. Além disso, o acesso maquinário dos bombeiros foi dificultado diante da configuração geográfica da ilha.
"Foi possível extinguir [...] o incêndio na pedreira do vulcão Rano Raraku que, no entanto, causou um dano irreparável ao patrimônio cultural da humanidade", afirmou Gabriel Boric, atual presidente do Chile.
Quanto ao incêndio, as autoridades não descartam a ideia de que tenha sido intencional. Estaban Valenzuela, atual ministro da Agricultura, disse que "o fogo foi iniciado por criadores de gado para abrir pastos. Todos os indícios apontam para isso".
O prefeito local também enfatizou o baixo número de guardais florestais diante de uma redução feita no orçamento que configura como 'abandono da ilha' pelo Governo do Chile.
"Essas coisas que acontecem em Rapa Nui são graves porque prejudicam a imagem do Chile como país, mas (os incêndios) têm solução", disse Edmunds. "A solução está nas mãos de um país ausente, que esteve ausente e continua ausente, e não quer ouvir o que a ilha planejou para evitar esses problemas".
