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Notícias / Cristina Kirchner

Argentina: Tribunal diz que Cristina Kirchner possui 'vínculos corruptos'

Tribunal argentino também apontou nos argumentos da sentença de Cristina Kirchner uma 'corrupção sem precedentes'

Redação Publicado em 09/03/2023, às 17h48 - Atualizado às 18h50

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Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina - Getty Images
Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina - Getty Images

O Tribunal Federal da Argentina divulgou nesta quinta-feira, 9, os fundamentos da decisão que condenou a vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, a seis anos de prisão e afastamento permanente das atividades públicas. No documento, a corte indicou "um grave ato de corrupção no país" e que Kirchner mantinha "vínculos promíscuos e corruptos" com um empresário condenado por lavagem de dinheiro.

Segundo informações do jornal O Globo, o texto oficial relatava um prejuízo financeiro de cerca de 84 bilhões de pesos (R$ 2,1 bilhões de reais), oriundos de irregularidades políticas. O tribunal afirmou:

Estamos diante de um ato de corrupção estatal que, como tal, mina a legitimidade das instituições públicas, mina a sociedade, a ordem moral e a justiça, bem como o desenvolvimento integral do povo".

Outros detalhes 

Os juízes envolvidos no caso da vice-presidente consideraram nas investigações que ela detinha uma "participação fundamental" nas concessões irregulares de verbas para obras públicas nas províncias de Santa Cruz e de Patagônia, que, na verdade, eram destinadas ao empresário beneficiário Lázaro Báez

A política pública que seu governo [de Cristina Kirchner] promoveu, anunciando um benefício sem precedentes para a extensa província patagônica [Santa Cruz], na verdade escondeu, como um cavalo de Troia, o orçamento indispensável para o desenvolvimento bem-sucedido do empreendimento criminoso e suas múltiplas arestas", acrescentou o documento.

Relembre o caso  

Os promotores da Argentina passaram a investigar Cristina depois das denúncias de associação criminosa e de administração fraudulenta ao longo do governo de Néstor Kirchner, marido e antecessor da ex-presidente, nos períodos de 2003 a 2007. 

Em declaração, o promotor Diego Luciani, responsável por mediar algumas das sessões do julgamento de Kirchner, disse:

Néstor Kirchner, e posteriormente sua mulher, Cristina Fernández, instalaram e mantiveram no coração da administração pública nacional uma das matrizes de corrupção mais extraordinárias já desenvolvidas no país".