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Notícias / Pré-histórica

Arqueólogos revelam evidências monumentais inéditas de caça pré-histórica no deserto da Arábia

Pesquisadores captaram imagens via satélite que nunca foram documentadas da época pré-histórica

Redação Publicado em 06/09/2022, às 15h30

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Foto aérea de uma pipa do leste da Jordânia. - Divulgação/APAAME
Foto aérea de uma pipa do leste da Jordânia. - Divulgação/APAAME

Com o auxílio da tecnologia dos satélites, arqueólogos da Escola de Arqueologia da Universidade de Oxford, detectaram mais de 350 estruturas de caça monumentais no norte da Arábia Saudita e no sul do Iraque, nomeadas como 'pipas'.

Segundo informações do site 'Phys.Org', o grupo de pesquisadores do projeto ‘Endangered Archaeology in the Middle East and North Africa’ (EAMENA), que são liderados pelo Dr. Michael Fradley, registrou imagens inéditas.

A região estudada, que rendeu resultados além do esperado, está localizada ao redor do deserto oriental de Nafud, área pouco pesquisada pelos arqueólogos anteriormente. As imagens foram divulgadas na revista 'The Holocene', e os pesquisadores acreditam que elas possam mudar o entendimento dos vínculos pré-históricos além das mudanças climáticas que o Oriente Médio sofre.

Pipas

Essas estruturas foram formadas através de pequenas paredes de pedras. Com isso,  criaram uma divisão com diversas paredes como guia, que podiam consistir em quilômetros de comprimento. Imagina-se que foram utilizadas para conduzir animais até um local onde seriam presos ou mortos.

Segundo análises, essas estruturas devem ser de 8.000 a.C no período neolítico. As imagens geradas pelo satélite mostram que a composição delas estão a mais de 400km a leste do norte da Arábia Saudita. Além disso, as imagens detectaram outras estruturas no sul do Iraque pela primeira vez.

O Dr. Fradley, líder do projeto, ressaltou que os resultados conquistados foram graças a um projeto "complexo e cuidadoso". Ele completa dizendo que as proporções das paredes das estruturas foram muito bem "projetadas e construídas."

Os arqueólogos especulam que o seu tamanho e forma avantajada deviam ser um jeito de expressar status, identidade e as zonas dos territórios da época dos povos neolíticos da região.

Os pesquisadores ainda apontam que os construtores dessas pipas moravam em outras estruturas por um período indeterminado, construído através de materiais orgânicos que não deixaram resquícios visíveis para captura de imagens do satélite.

O líder do projeto vai tentar desvendar algumas perguntas que ainda não foram respondidas mesmo com as imagens captadas, que são: quem construiu essas estruturas, quem eles pretendiam alimentar com a caça realizada e como as pessoas dessa época conseguiram sobreviver nessas estruturas monumentais.

O maior número de pipas se deu no planalto de Al Labbah, no deserto de Nafud, mas a ausência de monumentos funerários da Idade do Bronze apontam que ao chegar um período mais seco, as mudanças climáticas acabaram impedindo as pessoas de ficarem no local além de atrapalhar na caça.

O projeto está estudando essas áreas áridas para poder compreender esses locais e as mudanças climáticas que eram geradas.


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