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Notícias / Astronomia

Astrônomas encontram elemento essencial para a vida em local inesperado

Elemento essencial para a vida foi encontrado em área quase duas vezes mais distante do que o lugar onde sua presença já era conhecida

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 01/12/2023, às 16h55

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O radiotelescópio do Arizona Radio Observatory em Kitt Peak, nos EUA, utilizado para fazer a descoberta - Divulgação/Tom Folkers/Steward Observatory
O radiotelescópio do Arizona Radio Observatory em Kitt Peak, nos EUA, utilizado para fazer a descoberta - Divulgação/Tom Folkers/Steward Observatory

Uma equipe de pesquisadoras detectou na nuvem molecular WB89-621 — localizada a quase 74 mil anos-luz do centro da Via Láctea — as assinaturas características do fósforo, um ingrediente essencial para a vida como conhecemos. As detecções incluíram especificamente monóxido de fósforo e nitreto de fósforo.

Publicada no dia 8 de novembro na revista Nature, a descoberta amplia a presença do fósforo para um local quase duas vezes mais distante do que a área onde sua presença já era conhecida, como destaca o portal Galileu.

Produção do elemento

O fósforo é tradicionalmente produzido por processos de fusão em estrelas muito massivas — e a ciência não acredita que elas existam fora da Via Láctea.

Elementos menos pesados, essenciais para a vida, como carbono, oxigênio e nitrogênio, podem se formar em estrelas de menor massa, que são mais abundantes. No entanto, o fósforo requer eventos violentos para sua formação, como explosões de supernovas, que ocorrem em estrelas com pelo menos 20 vezes a massa do Sol.

O que diz a pesquisa

De acordo com o site, a pesquisa em questão questiona a ideia convencional de que a única forma de a natureza produzir fósforo é por meio de explosões de supernovas. A detecção desse elemento nas bordas da galáxia, onde não era esperado, sugere a existência de outra fonte.

Uma hipótese levantada é a de que estrelas de baixa e média massa podem gerar nêutrons em excesso, retirando-os dos átomos de carbono durante o final de seu ciclo de vida e acumulando-os entre as áreas de queima de hidrogênio e hélio. A descoberta tem implicações diretas na busca por exoplanetas semelhantes à Terra capazes de sustentar a vida.

+ Confira aqui a pesquisa completa.