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Notícias / Marte

Até 2025, missão mais longa da Nasa em Marte poderá ficar sem combustível

Enviado ao espaço em 2001, o orbitador Odyssey apresenta agora somente 4 quilos de combustível, segundo a NASA

Isabelly de Lima, sob supervisão de Ingredi Brunato Publicado em 16/03/2023, às 14h09

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Ilustração do orbitador Odyssey - Reprodução / NASA
Ilustração do orbitador Odyssey - Reprodução / NASA

Em 2001, o orbitador Odyssey foi lançado a Marte, e nesses quase 22 anos de operação, já deu a volta no planeta vermelho mais de 94 mil vezes. Contudo, a Nasa afirmou na última quarta-feira, 15, que a missão poderá acabar devido à falta de combustível, durando, no máximo, até o final de 2025.

Para medir o suprimento restante no Odyssey, os engenheiros da missão se apoiaram em cálculos matemáticos, já que ele não possui medidor de combustível. No último ano, o orbitador parecia estar ficando com um nível abaixo do esperado de propelente de hidrazina. Outro detalhe é que o Odyssey tinha quase 225,3 quilos de combustível quando foi enviado ao espaço.

Um dos jeitos utilizados para medir o esgotamento do suprimento foi a aplicação de calor nos dois tanques de propelente da espaçonave. Através desse método, os pesquisadores puderam observar quanto tempo os tanques levavam para atingir uma determinada temperatura, de acordo com o portal Galileu. Em um comunicado, a Nasa comparou:

Assim como um bule de chá, um tanque de combustível quase vazio esquentaria mais rápido do que um cheio”.

Análise do combustível

Em 2021, a estimativa indicou restarem cerca de 5 quilos de hidrazina, o que já era menos do que o previsto pela modelagem da missão. Já em janeiro de 2022,  o número indicava 2,8 quilos.

Caso os dados estejam corretos, o orbitador ficará sem propelente em menos de um ano. Também existe a chance de a nave ter sofrido algum tipo de falha, que pode ter causado esse problema.

O Odyssey já mapeou minerais em toda a superfície do planeta, permitindo que os cientistas entendessem melhor o contexto histórico de Marte. O equipamento também pesquisou locais de pouso para missões futuras e encontrou depósitos de gelo que poderiam ser utilizados por futuros astronautas.