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Notícias / Auschwitz

Auschwitz em desenhos: A história de superação de Thomas Geve

Sobrevivente do campo de concentração, Thomas Geve se tornou um veterano de guerra aos 15 anos

Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 06/04/2023, às 17h07 - Atualizado às 17h26

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Thomas Geve e seu novo livro - Divulgação / Alta Life
Thomas Geve e seu novo livro - Divulgação / Alta Life

'O Menino que Desenhou Auschwitz' é um relato verídico e inspirador sobre a vida de Thomas Geve, um menino de 13 anos que sobreviveu a 22 meses em três campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Publicada no Brasil pela Alta Life, nesta biografia Geve relembra como entrou em Auschwitz-Birkenau, foi separado de sua mãe e teve que aprender a cuidar de si mesmo.

Quando foi libertado de Buchenwald aos 15 anos,Thomas era um veterano que sobrevivera ao terrível período do Holocausto. Com sua liberdade recém-encontrada, ele se sentou sozinho à mesa do barracão e começou a desenhar. Com uma pilha de cartões da SS e lápis coloridos, ele criou mais de 80 desenhos, listas e esboços detalhando a vida dentro dos campos de concentração.

Com o passar dos anos, Thomas conseguiu juntar suas memórias em palavras e juntá-las com seus desenhos para criar o testemunho que se tornou o livro. A obra narra um mundo de medo, crueldade e brutalidade, onde os homens eram conduzidos pelo ódio e pela divisão. No entanto, Thomas também mostra a vida daqueles que lutaram bravamente para se manterem vivos, com esperança e ânimo.

Lição do passado 

O autor revela que, apesar dos eventos indescritíveis que experimentou, teve ajuda de algumas pessoas que mantiveram a humanidade e demonstraram bondade, compaixão, apoio e graça aos outros.

'O Menino que Desenhou Auschwitz' traz uma voz poderosa e desenhos que ilustram as experiências e aprendizados proporcionados pela tragédia. É uma obra que deve inspirar futuras gerações e lembrar que atrocidades do passado nunca mais devem ser repetidas.

Confira um trecho:

"Na manhã seguinte, acordado pelo soar do alarme às 5h da manhã, descartei todos os meus distintivos e peguei o bonde para o distante cemitério. Quando trabalhei no cemitério Weissensee pela primeira vez, havia 400 adolescentes. Agora havia apenas seis trabalhadores que tinham sido poupados da deportação. Meu dever era dedicar todas as forças ao trabalho. Posteriormente, alguns meio-judeus' se juntaram a nós; alguns outros jovens estavam entre eles. Embora de modo algum eu fosse o menor, ainda era o mais jovem. O trabalho era pesado, mas não poderíamos deixar os outros na mão com nossa ausência. Cavar as covas de 3m de profundidade tornara-se nossa rotina diária, normalmente fazendo até 3 por dia. De vez em quando, os montes íngremes de terra caíam, quase enterrando alguns de nós vivos. Então tirávamos a vítima, completamente coberta de uma terra escura e imunda. Era a parte divertida do nosso dia".