A retomada dos lançamentos em direção à Coreia do Sul ocorreu poucos dias após a assinatura de um acordo de defesa entre Pyongyang e Moscou
Redação Publicado em 24/06/2024, às 19h32
Nesta segunda-feira, 24, fontes militares sul-coreanas informaram que a Coreia do Norte voltou a lançar balões em direção à Coreia do Sul. A ação ocorre pouco tempo após o encontro entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente russo, Vladimir Putin, onde foi assinado um acordo de defesa que pode incentivar novas provocações contra o país vizinho do sul.
Conforme repercutido pelo UOL, os chefes do Estado-Maior da Coreia do Sul alertaram que os balões foram avistados na fronteira entre os dois países, e enfatizaram que a população deve estar atenta para a possibilidade de queda dos objetos.
Os cidadãos são aconselhados a tomar cuidado com a queda de destroços. Se algum balão for encontrado, não toque nele e informe a unidade militar ou a delegacia de polícia mais próxima", informou o Exército sul-coreano.
De acordo com o governo sul-coreano, uma análise do conteúdo de aproximadamente 70 balões vindos do Norte revelou que eles continham roupas desgastadas e sujeira com vestígios de fezes humanas e parasitas.
Além disso, Pyongyang já teria enviado mais de mil balões carregados de resíduos para o sul, em resposta aos balões de propaganda contra o regime comunista lançados por ativistas ao sul da fronteira.
Do ponto de vista legal, a Coreia do Sul não pode punir ativistas que enviam balões sobre a fronteira devido a uma decisão judicial do ano passado que considera qualquer forma de punição uma violação da liberdade de expressão.
As duas Coreias são separadas por uma zona desmilitarizada de quatro quilômetros, estabelecida por um comando da ONU liderado pelos Estados Unidos ao final da Guerra da Coreia em 1953. Embora os combates tenham cessado com um armistício, um tratado de paz efetivo nunca foi assinado.
Nos últimos anos, as relações entre Seul e Pyongyang têm se tornado cada vez mais tensas, com a Coreia do Norte realizando testes militares, incluindo lançamentos de vários tipos de mísseis, e aumentando o número de soldados na fronteira.
