O Vaticano se pronunciou, nesta quinta-feira, 27, acerca da veneração por parte dos fiéis a uma imagem da Virgem Maria pertencente a uma suposta vidente
O Dicastério para a Doutrina da Fé, órgão do Vaticano responsável pelas diretrizes da fé católica, negou, nesta quinta-feira, 27, a veracidade de supostos eventos sobrenaturais relacionados a uma estátua da Virgem Maria localizada na Itália.
A escultura, à qual fiéis atribuem lágrimas de sangue, chegou a reunir multidões de católicos às margens do Lago Bracciano, em Trevignano. Os encontros eram realizados mensalmente, sempre ao terceiro dia do mês.
O Dicastério para a Doutrina da Fé reconheceu a "validade jurídica" de um decreto estabelecido em 6 de março, no qual o bispo de Civita Castellana, Marco Salvi, menciona ausência de "sobrenaturalidade" relacionada a famosa à estátua.
O religioso solicitou, na ocasião, que os fiéis não participassem de encontros de veneração à escultura, a qual pertence a Gisella Cardia, autoproclamada vidente.
De acordo com a agência de notícias ANSA, a mulher afirma que a estátua em questão chora lágrimas de sangue e que a Virgem Maria faz aparições e diz mensagens de esperança. Entre os supostos "milagres" mencionados por Cardia está a multiplicação de pizza e nhoque em jantares por ela organizados.
Que a Beata Virgem Maria, mãe de Jesus e da Igreja, possa devolver a paz e a serenidade, em vista do bem espiritual dos fiéis da paróquia de Trevignano Romano e de toda a diocese de Civita Castellana", disse o Dicastério para a Doutrina da Fé, segundo a ANSA.
A fonte destaca que a "vidente", que afirma ter comprado a estátua no vilarejo bósnio de Medjugorje — onde católicos também relatam aparições de Nossa Senhora — já foi condenada pela falência de uma empresa de cerâmica.
