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Notícias / Paleontologia

Barata com esperma de 30 milhões de anos é encontrada fossilizada em âmbar

O achado foi feito por pesquisadores americanos na República Dominicana

Éric Moreira, sob supervisão de Ingredi Brunato Publicado em 15/12/2022, às 12h08

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Barata encontrada em âmbar na República Dominicana - Divulgação/Oregon State University
Barata encontrada em âmbar na República Dominicana - Divulgação/Oregon State University

Cientistas da Universidade Estadual do Oregon, nos Estados Unidos, recentemente fizeram uma descoberta que chamou bastante atenção no meio científico. O achado consiste em um fragmento de âmbar de 30 milhões de anos em que uma nova espécie de barata foi encontrada conservada. Junto do inseto, havia uma amostra de seu próprio esperma.

O achado marca uma novidade para o meio científico, por ser o primeiro fóssil de barata já encontrado junto de espermatozoides. Ele foi feito na República Dominicana — o que influenciou na escolha do nome da espécie, Supella dominicana —, pelo cientista George Poinar Jr., sendo divulgado na edição de 1º de dezembro da revista Biologia.

Está bem preservado com uma barra transversal amarela nas asas e uma faixa central amarela vertical que parece dividir o corpo em duas partes", descreveu o cientista em comunicado. "Tem espinhos longos, usados ​​para defesa, nas patas, principalmente nas traseiras."
Barata descoberta em âmbar na República Dominicana
Barata descoberta em âmbar na República Dominicana / Crédito: Divulgação/Oregon State University

O espécime descoberto, por sua vez, representa a única barata já vista, na História, de sua variedade, ectobiid, que não possui qualquer descendente vivo na República Dominicana ou qualquer outra ilha do Caribe. Os parentes vivos mais próximos da espécie, porém, podem ser vistos em continentes como África e Ásia.

Importância da descoberta

Segundo Poinar, como informado pela Revista Galileu, as baratas são capazes de sobreviver sob condições extremas, como temperaturas abaixo de zero, pressões altíssimas e inclusive sem a cabeça, ainda que apenas durante uma semana. Por isso, o estudo dos insetos se faz extremamente importante para o avanço sobre as pesquisas relacionadas a doenças.

Elas são consideradas insetos medicamente importantes, pois são portadoras de patógenos humanos, incluindo bactérias que causam salmonela, estafilococos e estreptococos", explica Poinar.