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Notícias / Saúde

Bebê passa por cirurgia dentro do útero da mãe no Distrito Federal

Procedimento cirúrgico inédito foi feito para corrigir malformação na coluna; a bebê deve nascer em fevereiro de 2024

Redação Publicado em 30/10/2023, às 08h32

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Foto tirada durante procedimento cirúrgico - Divulgação/Agência Saúde-DF/Jhonatan Cantarelle
Foto tirada durante procedimento cirúrgico - Divulgação/Agência Saúde-DF/Jhonatan Cantarelle

Médicos do médicos do Hospital Materno-Infantil de Brasília (HMIB), no Distrito Federal, realizaram na última sexta-feira, 27, um procedimento cirúrgico inédito: a correção de uma malformação na coluna de uma bebê ainda dentro do útero da mãe. A operação durou 3 horas no total, e foi um sucesso; a criança está prevista para nascer em fevereiro de 2024, e se chamará Agatha.

Conforme descrito pela Revista Galileu, a malformação tratada com a cirurgia chama-se meningomielocele, conhecida também como "espinha bífida". Ela ocorre quando parte da coluna do bebê fica exposta, o que acarreta a limitações motoras e problemas neurológicos ainda no útero, até o fim da vida.

O Hospital Materno-Infantil de Brasília, no caso, é a primeira instituição de saúde do Distrito Federal a realizar um procedimento do tipo. Na operação, foram envolvidos quase 20 servidores.

Fotografia tirada em meio à cirurgia
Fotografia tirada em meio à cirurgia / Crédito: Divulgação/Agência Saúde-DF/Jhonatan Cantarelle

Procedimento complexo

Servidora da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) e especialista em medicina fetal, a médica Carolina Wanis Ribeiro de Sousa explica à Agência Brasília como se deu o procedimento: "Fazemos uma incisão um pouco maior que uma cesariana, tiramos o útero com o bebê lá dentro e abrimos o útero para corrigir a coluna do bebê."

Outro médico da equipe de medicina fetal da SES-DF, o obstetra Marcelo Filippo, afirma também que "quanto mais cedo for feita a cirurgia, mais chance esse bebê terá de andar." Além do mais, em casos nos quais a cirurgia só é realizada depois do nascimento, as chances de recuperação plena são menores, apontam os médicos.

Os benefícios são enormes, como redução de danos neurológicos, problemas de mobilidade e redução de infecções, diminuindo muito a letalidade", salienta ainda a secretária de saúde do DF, Lucilene Florêncio. "Esse foi o primeiro procedimento de outros que com certeza serão realizados com o mesmo sucesso."