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Notícias / Saneamento

Brasileiros de 46% das residências do país não têm saneamento adequado

Pesquisa realizada pelo Instituto Trata Brasil revelou dados preocupantes sobre o saneamento básico no país

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 16/11/2023, às 15h38

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Residências sem saneamento básico - Divulgação/Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de SP
Residências sem saneamento básico - Divulgação/Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de SP

Um estudo recente divulgado neste mês de novembro revela que aproximadamente 46% das habitações no Brasil enfrentam algum tipo de carência no que diz respeito ao saneamento básico. Essa deficiência engloba a falta de oferta adequada de água potável, instalações sanitárias, bem como a ausência de sistemas de coleta e tratamento de esgoto.

A pesquisa, realizada pelo Instituto Trata Brasil, uma organização da sociedade civil que busca a universalização do saneamento básico no país, foi conduzida em parceria com a EX ANTE Consultoria Econômica e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).

Utilizando dados do período de 2013 a 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continuada Anual (PNADCA), produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo indica que cerca de uma em cada duas residências no Brasil enfrenta diariamente algum tipo de privação relacionada ao saneamento. As informações são da revista Galileu.

Cinco categorias

A pesquisa abrange cinco categorias de privações: frequência insuficiente de fornecimento de água potável, disponibilidade de reservatório, falta de acesso à rede geral de água, ausência de instalações sanitárias e falta de coleta de esgoto.

Dos 74 milhões de domicílios no país, quase 9 milhões não têm acesso à rede geral de água. Adicionalmente, quase 17 milhões sofrem com uma frequência insuficiente de abastecimento de água; aproximadamente 11 milhões não possuem reservatório de água; cerca de 1 milhão não têm instalações sanitárias; e 22 milhões não contam com serviço de coleta de esgoto.

Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, ressalta que o estudo destaca os grandes desafios ainda existentes para universalizar essas infraestruturas no país, afetando especialmente as jovens famílias brasileiras, muitas das quais vivem abaixo da linha da pobreza e enfrentam problemas de saúde devido à falta de infraestrutura.

Em 2022, 12% das residências brasileiras não estavam conectadas à rede geral de abastecimento de água tratada, de acordo com a pesquisa. O problema de falta de rede de água impactou cerca de 27,27 milhões de pessoas, sendo 35% localizadas nos estados do Nordeste brasileiro, totalizando 3,117 milhões de residências em 2022.

Piores índices

Percentualmente, os cinco estados com os piores índices de privação de rede de água  foram Amapá, Rondônia, Pará, Acre e Paraíba, enquanto São Paulo, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul apresentaram os menores índices.

Entretanto, a presença de uma rede de distribuição não garantiu necessariamente o acesso à água. Em 2022, havia 16,896 milhões de domicílios conectados à rede, mas que não recebiam água diariamente, correspondendo a 22,8% do total de residências no país. Além disso, a pesquisa revelou que 10,856 milhões de moradias não possuíam reservatórios de água em 2022, representando 14,7% do total de residências no Brasil.