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Notícias / Trabalho escravo

Britânica é condenada a pagar 200 mil libras a mulher escravizada por 16 anos

A vítima, uma mulher de 62 anos de idade, não tinha acesso aos próprios documentos nem mesmo mantinha contato com familiares

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 26/10/2023, às 16h14

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À direita, britânica condenada a pagar multa a mulher escravizada (à esquerda) - Divulgação//Polícia de Sussex
À direita, britânica condenada a pagar multa a mulher escravizada (à esquerda) - Divulgação//Polícia de Sussex

Uma mulher britânica de 59 anos de idade foi sentenciada esta semana a pagar uma multa de 200 mil libras (aproximadamente R$ 1,2 milhão) por manter outra mulher, de 62 anos, em condições de escravidão por 16 anos em sua residência no condado de West Sussex, Inglaterra.

O Tribunal da Coroa determinou que a ré tinha recursos para compensar a vítima e estabeleceu a indenização em torno de R$ 1,2 milhão. Ela terá um prazo de três meses para efetuar o pagamento, sob pena de receber um aumento na sua pena de prisão.

Esse montante inclui os benefícios da seguridade social que foram desviados pela acusada e os salários não remunerados durante o período de 16 anos em que a vítima viveu em situação de escravidão, conforme relatou a polícia de Sussex.

De acordo com as investigações, a ré coagia a vítima a trabalhar em casas de sua propriedade na região de Sussex e também em Londres. Ela tomou controle das finanças da vítima, afastou-a de sua família e obrigou-a a realizar tarefas domésticas, incluindo cozinhar, limpar e cuidar das crianças. Frequentemente, a vítima era submetida a jornadas de trabalho de mais de 14 horas por dia, de acordo com informações da polícia.

Contas bancárias

Segundo informações do portal UOL, a acusada ainda abriu contas bancárias em nome da vítima, sacou dinheiro dessas contas e solicitou benefícios sociais em nome dela. Além disso, utilizou as contas bancárias da vítima para quitar as despesas de suas propriedades e registrou um carro no nome da vítima com a finalidade de obter vantagens fiscais e estacionar em vagas especiais.

Durante uma vistoria na residência, os investigadores encontraram os pertences da vítima empacotados em sacos de lixo preto, enquanto ela dormia no quarto das crianças.

A mulher estava privada de seus documentos de identidade, passaporte e cartões bancários, que foram encontrados em um compartimento trancado, juntamente com documentos financeiros emitidos em seu nome, referentes a endereços que ela não reconhecia.