Aparentemente, ao menos um dos corpos mumificados apresenta contaminação por fungos
No México, uma exibição itinerante das conhecidas “Múmias de Guanajuato”, que são datadas do século 19, está sendo um ponto de preocupação para especialistas do governo mexicano acerca de possíveis riscos à saúde dos visitantes.
Na última quinta-feira, 30, de acordo com informações da Associated Press (AP), os experts alertaram sobre essa possibilidade de contaminação. Ao menos uma das múmias parece também ter fungos, como informado pelo Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH).
Em um comunicado, o instituto constituiu uma comissão de especialistas para atenderem os problemas enfrentados, mas garantindo a dignidade dos corpos mumificados. Tal comissão colabora com as autoridades municipais da cidade e o centro INAH Guanajuato.
Contudo, o INAH disse que não recebeu nenhum pedido de autorização ou aconselhamento para movimentação e transferência da exposição. É possível identificar, a partir de fotos publicadas em meios de comunicação, que ao menos um dos corpos mostrados apresenta sinais de proliferação de possíveis colônias de fungos.
Segundo a Galileu, o INAH disse que não é responsável por danos que possíveis agentes patogênicos possam causar devido à falta de controle “nos cuidados mínimos indispensáveis à sua exposição”. Considerou também que é preocupante a exposição das múmias sem as condições de biossegurança para a visitação do público.
Essas múmias foram desenterrados a partir da década de 1860, já que suas famílias não podiam pagar as taxas funerárias. Elas foram preservadas de forma natural. Alguns dos corpos ainda possuem pele coriácea, roupas originais e cabelos, ainda que mais de um século tenha se passado.