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Notícias / Ciência

Cientistas estudam mistérios por trás de cérebros preservados por mais de 12 mil anos

As conclusões determinadas pelo estudo, que analisou 4 mil cérebros preservados, fornecem informações inéditas sobre o corpo humano

Redação Publicado em 20/03/2024, às 18h57

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Imagem de um dos cérebros analisados no estudo - Reprodução/Redes Sociais/X/@MortonHayward
Imagem de um dos cérebros analisados no estudo - Reprodução/Redes Sociais/X/@MortonHayward

Nesta quarta-feira, 20, a revista científica Proceedings of the Royal Society B divulgou os resultados de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Os cientistas analisaram 4 mil cérebros preservados, muitos deles com mais de 12 mil anos. 

A pesquisa estuda os motivos ainda desconhecidos que possibilitam a preservação de um cérebro por milhares de anos, enquanto outros órgão se decompõem. Os especialistas acreditam que a reticulação molecular (rede de moléculas) e a complexação metálica (proteínas e lipídeos que se fundem na presença de elementos como ferro ou cobre) podem influenciar na extensa preservação dos tecidos nervosos. 

No campo forense, é bem sabido que o cérebro é um dos primeiros órgãos a se decompor após a morte, mas este enorme arquivo demonstra claramente que existem certas circunstâncias em que ele sobrevive. Se essas circunstâncias são ambientais ou relacionadas à bioquímica única do cérebro, é o foco do nosso trabalho atual e futuro”, explicou Alexandra Morton-Hayward, principal autora do estudo.

“Estamos encontrando números e tipos surpreendentes de biomoléculas antigas preservadas nesses cérebros arqueológicos, e é emocionante explorar tudo o que elas podem nos dizer sobre a vida e a morte em nossos ancestrais”, completou Morton-Hayward.

Conforme repercutido pela CNN Brasil, este estudo apresenta informações inéditas sobre a história da humanidade, além de ajudar no entendimento sobre saúde, doenças antigas, evolução da cognição e comportamento humano. 

Outros detalhes

Os pesquisadores encontraram cérebros em registros que remontam ao século XVII. Esses tecidos cerebrais pertenceram a uma ampla variedade de indivíduos, desde membros da realeza egípcia e coreana até monges, dinamarqueses, exploradores do Ártico e vítimas de guerra.

Cada cérebro listado na base de dados foi meticulosamente comparado com dados climáticos históricos da mesma região, permitindo a análise de tendências sobre quando e onde foram descobertos. 

Esse levantamento revelou padrões nas condições ambientais associadas a diferentes métodos de preservação, como desidratação, congelamento, saponificação (a conversão de gorduras em "ceras") e curtimento, muitas vezes utilizando turfa, um material parcialmente decomposto de origem vegetal, encontrado em camadas em regiões pantanosas.