A ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza foi presa em 2021, pela morte do marido Anderson do Carmo
Redação Publicado em 29/08/2023, às 09h03 - Atualizado às 09h04
Na última segunda-feira, 28, a defesa da ex-deputada federal Flordelis — presa desde 2021 por envolvimento na morte do então marido, o pastor Anderson do Carmo — pediu ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a anulação do jugamento que a condenou a 50 anos de prisão, em 2022. Além disso, os advogados também pedem que ela possa recorrer em liberdade e que, então, seja submetida a um novo julgamento, com júri popular.
Segundo os advogados de Flordelis, Rodrigo Faucz e Janira Rocha, a ação teria como justificativa o fato de que o julgamento inicial não teria considerado as provas coletadas sobre o caso. Eles atestam que aconteceram decisões contrárias às evidências, no que se refere aos crimes de homicídio e à motivação financeira — a mulher foi condenada por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosamente armada.
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A defesa ainda conta que o Ministério Público apresentou um documento sigiloso na acusação, que não foi disponibilizado à defesa e ainda seria proibido de ser utilizado. O documento, no entanto, não é detalhado, segundo o UOL.
Em novembro de 2022, a deputada federal pelo PSD Flordelis dos Santos de Souza foi condenada a 50 anos de prisão, acusada de ser mandante do assassinato de seu então marido, o pastor Anderson do Carmo, baleado na frente de casa em 2019.
Ao receber a pena, porém, ela negou que tenha orquestrado a morte de Anderson. "Eu só queria dizer e pros jurados que eu não, em momento algum, eu mandei ou pensei em matar o meu marido. Eu estou na cadeia hoje pagando por algo que eu não fiz. Eu amava o meu marido. Está sendo muito difícil a vida para mim", afirmou Flordelis.
Vale lembrar, ainda, que desde a época da condenação os advogados da ré davam indícios de que recorreriam no caso: "Já existia uma condenação prévia da Flordelis, são três anos de factoides, um massacre midiático, uma espetacularização do caso e os jurados já chegam aqui com essa carga. Esse processo, esse debate que formou na opinião pública uma pressão que determinou que nós chegássemos aqui já com esse fato dado. Por isso, nós vamos recorrer", disse a advogada Janira Rocha na ocasião.
