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Notícias / Dinossauro

Dinossauro brasileiro levado para a Alemanha de modo ilegal poderá ser rebatizado

O fóssil do dinossauro é o maior símbolo da luta dos paleontólogos brasileiros

Isabelly de Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 22/08/2022, às 18h26

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Concepção artística do dinossauro brasileiro que poderá ser rebatizado - Concepção artística de Bob Nicholls/Paleocreations.com 2020
Concepção artística do dinossauro brasileiro que poderá ser rebatizado - Concepção artística de Bob Nicholls/Paleocreations.com 2020

O fóssil do dinossauro brasileiro conhecido como Ubirajara jubatus, o primeiro dinossauro não aviário encontrado com penas preservadas na América Latina, que fora retirado do Brasil de forma ilegal, será devolvido pela Alemanha — paleontólogos já planejam o que fazer com o exemplar.

A revista especializada Cretaceous Research decidiu despublicar o artigo científico em que 4 pesquisadores descreviam a espécie e a batizava com o atual nome, devido à procedência ilícita do material. Sem o tal artigo, a descrição da nova espécie é formalmente inexistente para a ciência.

Com isso, a espécie pode ser descrita por novos pesquisadores e até mesmo ser batizada novamente. Diversos cientistas já demonstraram interesse em estudar o animal. O dinossauro tem o peso de ser o maior símbolo da luta dos paleontólogos brasileiro contra o tráfico internacional de fósseis, além do valor científico.

Campanha online                      

Nas redes sociais, a campanha digital #UbirajaraBelongstoBR ganhou força, o que chegou até à imprensa internacional. Muitos pesquisadores são unânimes em dizer que é preciso garantir que o material retorne ao Brasil.

Em 19 de julho, foi anunciada pelo Conselho de Ministros da região de alemã de Baden-Württemberg a decisão de repatriar o fóssil do animal, segundo a Folha de S. Paulo.

O paleontólogo Allysson Pinheiro, diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, da Universidade Regional do Cariri (Ceará), e também um dos principais envolvidos nas negociações de repatriação disse que há uma movimentação entre cientistas para estudar a espécie.

Ele também explicou que uma eventual operação para rebatizar o dinossauro precisaria ultrapassar questões formais. "Para que a espécie seja formalmente invalidada, ainda é preciso que o caso seja submetido e avaliado em plenária da comissão internacional", completa.