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Notícias / Dom Pedro I

Diretora de 'A Viagem de Pedro' comenta vinda do coração do imperador: 'Pertence à história de Portugal'

'A Viagem de Pedro', da diretora Laís Bodanzky, narra o momento em que Dom Pedro volta para Portugal

Redação Publicado em 30/08/2022, às 10h51

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O coração de Dom Pedro I e uma pintura do imperador - Reprodução/Vídeo/Youtube e Domínio Público
O coração de Dom Pedro I e uma pintura do imperador - Reprodução/Vídeo/Youtube e Domínio Público

Nos últimos meses, um dos assuntos que tem causado polêmica dos brasileiros se refere justamente às comemorações do bicentenário da Independência do Brasil: a vinda coração de Dom Pedro I, personagem que até hoje é símbolo do episódio histórico.

O órgão do imperador, conservado há mais de 180 anos, pertence a cidade de Porto, em Portugal, no entanto, fora emprestado pelo país para a comemoração. Mas, não foram todos que aprovaram o empréstimo de um símbolo tão singular.

Uma dessas pessoas é a diretora Laís Bodanzky, que lança nesta semana o longa 'A Viagem de Pedro', filme que retrata o período em que Dom Pedro I abdica o trono brasileiro e retorna para Portugal, onde trava uma guerra com o próprio irmão. 

Curiosamente, o órgão se relaciona com a linha do tempo que é mostrada no filme. Afinal, foi após esse conflito que o imperador faleceu. Laís não concordou com a ideia de trazer o coração do personagem histórico para o Brasil.

"Esse coração não pertence ao Brasil, e sim à cidade do Porto. Ele queria que ficasse em Portugal, deixou em testamento", explicou Laís, conforme repercutido pelo O Globo. "Ele pediu que ficasse lá em homenagem aos combatentes do Porto. Porque foi com eles que ele conseguiu vencer a guerra contra seu irmão, uma guerra impossível".

A guerra de Pedro 

A diretora, então, relembra a dimensão do conflito que marcou os momentos finais do personagem histórico, e enfatiza que o órgão pertence a história de Portugal. 

Foi uma guerra quixotesca, que durou 1 ano e meio. Ele tinha 7 mil soldados contra 80 mil do irmão. Logo depois, ele contraiu tuberculose e morreu. Esse coração pertence à história de Portugal", disse ela. 

Laís também acredita que a viagem representa um risco para a conservação do órgão.

"Não faz sentido do ponto de vista científico. Pode ser que ele volte despedaçado, porque ele está dentro de um líquido, está muito frágil. É como se fosse um pedaço de pão que está se desmanchando. Não pode balançar, não pode ter contato com a luz", enfatizou a diretora.

Em entrevista ao site Aventuras na História, o escritor e pesquisador Paulo Rezzutti explicou a história por trás da conservação do coração de Dom Pedro I e também deu sua opinião sobre a viagem do órgão até o Brasil.